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Al Naslaa, a pedra dividida na Arábia Saudita

Há muitas ocorrências naturais que podem deixar qualquer um desconfiado se aquilo realmente foi criado pela natureza, ou é obra humana no decorrer dos anos. A quem diga também que pode ser obra de algum extraterrestre brincalhão. A pedra Al Naslaa, localizada no oásis de Tayma na Arábia Saudita é um desses fenômenos da natureza, que deixa qualquer pessoa com ‘pulgas atrás da orelha‘.

Recentes descobertas arqueológicas, mostram que Tayma foi habitada desde os tempos antigos e a pedra de Al Naslaa por conter pinturas rupestres é uma das formações rochosas mais fotografadas da região.

A pedra dividida de Al Naslaa

De acordo com os geólogos, a fenda perfeita entre as duas pedras e as faces planas de um dos lados das pedras são completamente naturais. O mais provável é que o chão se moveu ligeiramente debaixo de um dos dois suportes, fazendo a pedra se dividir. Outra teoria é de que pode ser um dique vulcânico, que era composto de algum mineral mais fraco, que com o correr dos anos, acabou se desfazendo, criando o espaço vazio entre as pedras.

Também o que ter dividido a pedra seria a pressão sobre uma antiga rachadura natural. Na pedra da direita, pode ser observado uma dessas rachaduras em diagonal, que um dia poderá romper aquela parte da pedra. E por último, uma antiga falha da rocha que com qualquer movimento do solo, tenha enfraquecido aquela área da pedra, que com o tempo é corroída mais facilmente que o restante da rocha circundante.

A pedra dividida de Al Naslaa

O oásis de Tayma foi um importante ponto de encontro para os comerciantes e caravanas. Antigamente, era um vasto oásis habitado, com uma fortaleza cercada por um muro de pedras sobre uma colina que controlava as rotas comerciais que cruzavam o deserto entre as cidades de Yathrib (Medina) e Dumah.

A pedra dividida de Al Naslaa

Atualmente é um sítio arqueológico de 500 hectares, localizado a 830 metros acima do nível do mar e a 220 quilômetros de distância da cidade de Tabuk e a 400 quilômetros de Medina. A água do poço de Tayma era chamado de Bir Haddaj, e caiu em desuso há muitos séculos. Em 1953, o Rei Saud colocou quadro bombas de água no oásis e reativou a área inteira para pequenos agricultores.

Em 2010, a Comissão Saudita de Turismo e Antiguidades anunciou a descoberta de uma rocha perto de Tayma com uma inscrição hieroglífica do faraó do Egito Ramsés III.

A pedra dividida de Al Naslaa

Crédito das fotos: www.saudi-archaeology.com

Artigo publicado originalmente em outubro de 2016

Fonte: 1 2

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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