A inacabada torre de televisão de Ecaterimburgo ou Yekaterimburgo, a quarta cidade mais populosa da Rússia, pode ser vista de qualquer lugar da cidade, devido a sua imponente altura, mas acabou ganhando o título de a mais alta estrutura abandonada do mundo. A torre é dividida em três partes: o tronco da torre, a junção com a base e a estrutura metálica da antena no topo. A torre tem 26 andares no total (sem contar os andares que compõem a base) e 220 metros de altura. Os elevadores nunca foram instalados, e quem se atrever a subir, terá que usar as escadas de concreto internas da torre inacabada.
Os administradores da cidade, provavelmente prefeririam que a cidade fosse mais conhecida pela famosa Igreja do Sangue, que foi construída no local onde o último czar da Rússia, Nicolau II, foi morto em 1918. A torre é mais um símbolo da arrogância do que de qualquer outra coisa. O trabalho começou em 1981, quando as ambições soviéticas ainda eram elevadas. A torre era para ser um ícone da conquista comunista e quando pronta, chegaria a uma altura de 440 metros. Como a Babel da Bíblia, o trabalho nunca seria concluído, mas neste caso, não por causa de um ato de Deus. Em 1991, com a torre apenas na metade, a URSS entrou em colapso. O projeto chegou a um impasse dramático e foi abandonado.
É conhecida pelos moradores da cidade como a “torre da diversão” ou “torre do suicídio“, devido ao tipo de visitantes que a torre atraia. O último nome já diz tudo e o primeiro é por causa do grande número de amantes do bungee jumping, que saltava da torre, com os pés amarrados num elásticos, ou mesmo pessoas que saltavam de paraquedas, mas os constantes acidentes fizeram com que a subida a torre fosse proibida em 2000. A torre tem uma ligeira inclinação, por causa de erros de engenharia, embora não tenha perigo de desabar por causa disso. O governo convidou investidores estrangeiros para transformar a torre e o terreno adjacente num centro de cultura e entretenimento, mas a crise econômica de 2008, fez com que qualquer projeto fosse adiado.
“Tudo o que o homem não conhece não existe para ele. Por isso, o mundo tem para cada um o tamanho que abrange o seu conhecimento”. – Carlos Bernardo González Pecotche
Em 25 de março, a torre, feliz ou infelizmente, foi ao chão — implodida.