Lugares

Cuexcomate, o umbigo do diabo

Cuexcomate (do idioma asteca Nahautl para “pequena tijela/vaso”), localizado no bairro de La Libertad, na cidade de Puebla, no México, é um pequeno monte que erroneamente foi chamado de “menor vulcão do mundo“, pela população local durante séculos e também apelidado de “umbigo do diabo“. Na realidade é apenas um gêiser extinto, ou talvez um vulcão de lama que pode ter sido formado pelas explosões de magma e água sulfúrico durante a erupção de 1064 em Popocatépetl (os locais o chamam de popo), um vulcão ativo e o segundo pico mais alto do México.

Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto

A erupção vulcânica tinha provavelmente ativado a circulação geotérmica que irrompeu através das camadas de pedra de calcário do período Mesozoico e calcita depositadas e compostas de silicatos criando uma enorme pilha de treze metros de altura e a base com 23 metros de diâmetro, que se parece muito com o cone de um pequeno vulcão.

Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto

No topo do cone, há uma abertura de sete metros de largura, através da qual um escada de metal em espiral foi instalada e permite que as pessoas possam visitar o interior escavado da estrutura, 17 metros abaixo, que se estendem 4 metros abaixo do nível do solo, onde eventos culturais são realizados ocasionalmente.

No interior do cone há uma pequena cascata de água quente a partir de uma corrente subterrânea e também um túnel que conduz à colina de San Juan e a pirâmide de Cholula, que é considerada a pirâmide com a maior base do mundo. No entanto, atualmente o acesso não é mais proibido devido a vários acidentes na passagem.

Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto

Uma placa bilíngue instalada na base do cone, de 1970, traz uma citação de um observador de 1585 descrevendo Cuexcomate como “um grande rochedo de seis ou sete metros de altura com forma circular, cujo topo existe uma grande abertura. É muito profunda, e na parte inferior há água com mau cheiro.

A placa também sugere que o cone uma vez serviu como um local para sacrifícios humanos a deuses indígenas e mais tarde como uma lixeira para corpos de vítimas de suicídio porque os moradores sentiram que eles não mereciam serem lamentados ou enterrados em solo sagrado.Talvez por causa destes horrores, as pessoas que vivem ao redor do gêiser o chamam de “umbigo do diabo”. As pessoas que moravam próximas de Cuexcomate eram chamadas de “filhos do diabo” ou “sob o domínio do diabo“, devido a má reputação que o monte tinha.

Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto

Geólogos dizem que o cone é considerado inativo e altamente improvável que entre em atividade algum dia. No entanto, Popocatépetl tem estado mais ativo nos últimos anos, levando a várias evacuações temporárias de vilas em torno de sua base. Se um dia entrar em erupção novamente, muitos acreditam que as ligações subterrâneas para Cuexcomate podem ser restabelecidas, enquanto isso, continuará sendo uma das atrações mais incomuns nesta parte do México.

Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto
Cuexcomate, o umbigo do diabo
Crédito da foto

Publicado originalmente em junho de 2016

Fontes: 1 2 3

Postagens por esse mundo afora

Avalie este artigo!
[Total: 0 Média: 0]
Atenção! Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do usuário e não expressa a opinião do site.

Magnus Mundi

Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

Adicionar comentário

Clique para deixar um comentário