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Dallol, o lugar mais quente do planeta

O Vulcão Dallol na região de Afar, no norte da Etiópia, África está localizado a 48 metros abaixo do nível do mar, sendo um dos mais baixos do mundo e tem uma cratera de apenas 1,450 metros de diâmetro e foi formada há 900 milhões de anos atrás. A temperatura média anual medida nos anos 60 foi de 34° Celsius, e continua sendo a mais alta temperatura média anual. O lugar é tão quente que dá a sensação de que seu corpo está sendo queimado.

Após a erupção do vulcão em 1926 (desde aquele tempo, ele está inativo) o lago formado na cratera, encheu-se de ácido. E as cores brancas, amarelas e vermelhas características da superfície do lago, são o resultado da coloração causados pela variações iônicas do enxofre e do potássio. Adicione a isso as constantes emissões de vapor de água e gases(fumarolas), que borbulham na superfície dão ao lugar uma ideia de como foi a criação da Terra a bilhões de anos atrás.

Vulcão Dallol, Etiópia

Os especialistas dizem que ele se assemelha geologicamente ao satélite Io, uma das quatro grandes luas de Júpiter, conhecidas como Luas de Galileu e acredita-se que o vulcão foi formado pela erupção do magma basáltico abaixo da superfície, que por isso tem essa forma inusitada. A boca do vulcão fica numa região remota do deserto conhecido como a depressão de Danakil, cercado por montes com alturas entre 50 a 60 metros acima das planícies, e a área inteiramente cobertas de sal.

Tendo um tamanho de 1,5 x 3 quilômetros de circunferência, a cratera do vulcão está localizado na parte superior dos sedimentos quaternários, incluindo enormes depósitos de sais de potássio, e as colinas são remanescentes das paredes da cratera preservada. Mas a idade destes montes e o processo de sua origem ainda permanece um mistério até mesmo para os pesquisadores e geólogos que investigam o lugar.

A atividade vulcânica nunca para e a todo instante podes-se acompanhar o processo, ver como os ácidos são transportado das profundezas do vulcão para se dissolver e cristalizar em nascentes termais gerando formas arredondadas bizarras com tons que vão do laranja até o verde, passando pelo branco e o amarelo vivo, devido ao enxofre e outros minerais. Na área podem ser encontradas várias áreas de fumarolas e aluviões, que seriam depósitos de sedimentos com finas camadas de sal, formando elevações brancas e ovais que se assemelham-se a grandes ovos. O Dallol tem apenas dois lagos de lava, um dos quais está localizado na cratera do vulcão.

Vulcão Dallol, Etiópia

Não muito longe do vulcão Dallol, num lugar conhecido por Blackrock há uma mina de extração de sal. Cerca de 1.000 toneladas de sal, são cortadas todos os anos em placas retangulares pelos moradores locais e transportadas por camelos para as cidades mais próximas e posteriormente são vendidas em Mekele, capital da Etiópia para se transformar em sal de cozinha.

Uma lenda local, diz que a boca do vulcão Dallol, é o próprio portão do inferno, descrito pelo etíope Enoch, no manuscrito antigo “Livro de Enoque”. O manuscrito escrito no ano 1 A.C, conta o fim do mundo, onde um grande abismo se abrirá e a Terra será engolida pelo fogo e também menciona pessoas que guardam as portas do inferno. Apesar do fato de que Enoch não indicar a posição geográfica deste lugar terrível, alguns estudiosos acreditam que ele se referia a Dallol. Enoch não estava muito errado em sua profecia, uma vez que cientistas e geólogos acham que por causa do aquecimento global o mundo pode ficar muito parecido com essa região da Etiópia e por isso estudam a existência e como vivem seres nessa situação.

Vulcão Dallol, Etiópia

O nome Dallol, que significa “decadência” foi dado pela tribo nômade Afar, um grupo étnico que habita o conhecido “Chifre da África”, que compõem o Deserto de Danakil, região de Afar na Etiópia e parte da Eritreia e do Djibuti. Essa tribo é conhecida por tratar a mulher como um objeto. Onde elas trabalham dia e noite, para sustentarem os homens. Percorrem cerca de 15 a 20 quilômetros por dia, para apanhar lenha e buscar água. Preparam as refeições e são as ultimas a comer. Comem o que sobra. Não tem acesso a médicos ou a medicamentos. Quando adoecem, morrem, simplesmente.

Vulcão Dallol, Etiópia

Vulcão Dallol, Etiópia

Vulcão Dallol, Etiópia

Vulcão Dallol, Etiópia

Vulcão Dallol, Etiópia

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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