O fotógrafo americano Spencer Tunick é mundialmente conhecido por fotografar enormes grupos de pessoas nuas em público e a mais de 20 anos, ele consegue reunir centenas ou milhares de voluntários, que tiram suas roupas, ficando nuas para a lente de sua máquina fotográfica. Tunick já faz ensaios desse tipo em mais de 74 países e em 90 “instalações“, como ele define os ensaios fotográficos.
Filho de fotógrafo, Tunick nasceu em 1967, na cidade de Middletown, estado de Nova Iorque e começou esse polêmico trabalho em 1986, quando tirou fotos de uma pessoa nua, num abrigo de ônibus em Londres. Em 1992, começou a fotografar pequenos grupos de até 10 pessoas em público e em 1994, reuniu 28 pessoas nuas em frente ao edifício das Nações Unidas em Manhattan, Nova Iorque, e dali em diante não parou mais e a quantidade de pessoas participantes só aumentou.
Por mais polêmico que o seu trabalho possa parecer, Spencer não tem problemas em conseguir pessoas dispostas a tirar suas roupas e serem fotografadas. Sua filosofia é que “as pessoas em massa, sem suas roupas, agrupados, metamorfoseiam em uma nova forma” Ele tem como objetivo criar uma arquitetura de carne, onde as massas de corpos humanos misturam se com a paisagem. Em alguns lugares, suas fotos misturam a arte com protestos, como em 2007, juntos com os ativistas do Greenpeace, na maior geleira europeia, para mostrar a relação do ser humano com o clima, ou em 2011, feitas no Mar Morto onde 1.000 pessoas participaram, com o intuito de retratar as condições precárias nos cuidados do local.
É considerado persona non grata, no estado que nasceu nos Estados Unidos e Tunick se mudou para a Europa após ser preso cinco vezes, entre 1994 e 1999, devido a problemas com a prefeitura de Nova Iorque. “Já cheguei a receber a polícia de Nova Iorque no meu estúdio, porque lá é ilegal trabalhar com o corpo nu e em 99 não conseguia mais suportar.” Comentou o fotógrafo. No Brasil, fotografou 600 pessoas na rampa do prédio da Bienal e nas dependências do Parque Ibirapuera em São Paulo, mas ficou frustrado com a pouca participação de mulheres no evento e comentou: “Por causa dos homens, elas [as mulheres] ficavam assustadas com a ideia de ficarem nuas. Uma coisa no Brasil que não fez sentido para mim na época, e que ainda não faz, é que a maior parte dos homens veio espontaneamente. As mulheres, em geral, tinham que pedir permissão para eles, marido ou namorado. E muitos deles disseram não. Parecia que os homens estavam no controle.”
[wc_highlight color=”red”]Aviso: As fotos a seguir retratam corpos humanos nus, sem nenhum tipo de tarjas encobrindo órgãos genitais. A nudez é a peça central da arte de Tunick, portanto, se a nudez lhe ofender de alguma forma, não prossiga com a visualização da página.[/wc_highlight]
Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.
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