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Os templos de Khajuraho e suas esculturas eróticas

Khajuraho, uma pequena cidade de pouco mais de 10 mil habitantes no estado de Madhya Pradesh, a cerca de 620 quilômetros a sudeste de Deli, capital da Índia é um dos mais populares destinos turísticos do país, pela presença do maior grupo de templos hindus, famosos pelas suas esculturas eróticas. A cidade serviu de capital religiosa à dinastia Hindu Rajput dos Chandelas, que controlou esta parte da Índia entre o século 10 e o século 12.

Foram construídos mais de 80 templos ao longo de cem anos, desde o ano 950 até 1050, tendo uma área central protegida por uma muralha com oito portões, cada um dos quais com duas palmeiras de ouro. Atualmente existem apenas 22 dos 80 templos originais, espalhados por uma área de cerca de 21 quilômetros quadrados. Os templos foram descobertos durante o século 20, pelo inglês Capitão TS Burt em 1838, tendo sofrido bastante com o crescimento das selvas circundantes que causaram prejuízos a alguns dos monumentos. O declínio econômico e financeiro do Chandelas Rajputs é tido como a principal razão para o abandono do local como centro de culto e vida social, sendo por isso a principal causa da deterioração provocada pela ação dos elementos da natureza aos monumentos, sendo declarados Patrimônio Mundial pela Unesco em 1986.

Os templos de Khajuraho e suas esculturas eróticas

Há várias teorias sobre a existência dos motivos eróticos em alguns dos templos. Uma delas diz que os reis Chandelas eram seguidores dos princípios tântricos, que ditam o equilíbrio entre as forças masculinas e femininas, que promoveu a sua fé nos templos que eles criaram. Outras teorias têm a ver com a finalidade dos templos naquela época: eles eram considerados lugares de aprendizagem, bem como de adoração – especialmente das artes mais finas, incluindo a arte de fazer amor. Além disso, alguns acreditam que a representação de atividades sexuais nos templos era considerada um bom presságio porque representava novos começos e nova vida.

O hinduísmo tem tradicionalmente considerado o sexo uma parte essencial da vida, o que poderia ser por isso que as esculturas são casualmente intercaladas entre outras que retratam atividades tão variadas como a oração e a guerra. O fato delas estarem a vista e não escondidas num canto obscuro parece sugerir que seus criadores queriam que elas fossem vistas por todos.

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Os elementos eróticos estão presentes apenas em cerca de dez por cento de todas as esculturas, representando cenas de erotismo ou sexo entre figuras humanas e não entre divindades. As restantes esculturas representam situações da vida social da altura, como são os exemplos das esculturas que representam mulheres a colocar maquilhagem, músicos, oleiros, camponeses, etc. O templo de Kandariya-Mahadev é o maior de toda Khajuraho e é nele que estão a maioria das representações eróticas.

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A esculturas relacionadas com a sexualidade só estão presentes nas paredes externas dos templos e a razão para isso era o fato do visitante crente dever tomar os deuses como o ponto central da vida, deixando os seus desejos sexuais fora do templo. Há quem atribui a inspiração das representações eróticas ao livro Kama Sutra, mas não há nenhuma correlação entre a dinastia Chandela e o livro escrito pelo filósofo hindu Vatsyayana, no século 4. Em nenhum outro lugar da Índia, existem templos que contenham representações de ídolos ou divindades em poses de nudismo ou em posições sexuais.

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Fontes: 1 2

“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.” – William Shakespeare

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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