A cerca de 1.120 quilômetros ao norte de Santiago, capital do Chile, se localiza o Deserto do Atacama, e nele, enormes campos da mina de lítio são operados pela Sociedad Química y Minera de Chile (SQM), companhia essa a terceira maior do mundo na produção do lítio, um mineral não renovável e o mais leve do mundo, que nos últimos anos, tem atiçado a ambição de mercados em busca de fontes de energia alternativas.
O lítio é usado em baterias de computadores, relógios, câmeras e celulares é uma das principais promessas dos carros elétricos e da fusão nuclear. Armazenando mais energia em menos espaço, o lítio garante a fabricação de baterias menores e mais duráveis. Também podem ser usados em medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos, e em produtos à base de cerâmica, plásticos e alumínio, permitindo a construção de peças mais resistentes e leves.
O lítio é encontrado a cerca de 45 metros de profundidade e não é encontrado em estado nativo, mas sim dissolvido em água salgada. Essa salmoura de lama grosso é bombeada do solo e vertida em piscinas rasas de evaporação, sendo seca sob o sol escaldante do deserto. A água evaporada, deixa para trás um material oleoso e amarelado.
No início da década de 1950, a principal fonte mundial de lítio, era a mina de Kings Mountain, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Na época, o metal era essencial para a produção de armas nucleares de fusão e era extraído a partir de um mineral de silicato chamado espodumena, que ocasionalmente, era usado como pedra preciosa. Embora a espodumena possa produzir um lítio mais puro, o processo era trabalhoso e caro.
Quando o mineral foi descoberto por toda a extensão da Cordilheira dos Andes na América do Sul, empresas de produção de lítio mudaram seu foco na extração do metal a partir da salmoura nos campos de sal, fazendo a mina da Carolina do Norte encerrar suas atividades. Atualmente, o Bolívia, Argentina e Chile são os países com as maiores reservas de lítio. O Chile sozinho, abastece com 43% da demanda mundial do lítio, porém as maiores reservas pertencem a Bolívia.
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