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A escadaria do rei de Aragão na Sicília

Bonifacio (Corse-du-Sud - France), les falaises et l'Escaliers du roi d'Aragon.

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A escadaria do rei de Aragão, conhecida em francês como Escalier du Roi d’Aragon, é uma obra impressionante esculpida na lateral vertical de um penhasco de calcário em Bonifácio, uma pitoresca comuna francesa na Córsega. Composta por 187 degraus, a escadaria atravessa o penhasco em um ângulo íngreme de aproximadamente 45°, descendo 65 metros. Vista do mar, ela se destaca como uma linha escura inclinada cortando o penhasco, e de perto, assume a forma de um tubo habilmente esculpido na pedra.

Bonifácio, com mais de 1,2 mil anos de história, serviu predominantemente como uma fortaleza defensiva contra os invasores corso ao longo dos séculos. Uma lenda intrigante sugere que a escadaria foi esculpida na rocha em uma única noite, por ordens do rei espanhol Afonso V de Aragão, em 1420, durante um cerco que durou cinco meses. Embora a escada tenha uma origem mais gradual, a mística em torno da sua criação permanece, conferindo um charme especial a este local fascinante.

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A história da escadaria do rei de Aragão revela-se ainda mais fascinante

Na realidade, a escadaria do rei de Aragão desce até uma fonte natural chamada São Bartolomeu, situada numa caverna na base da escadaria. Contrariamente à lenda, a escada não foi esculpida apressadamente para fins bélicos, mas sim meticulosamente pelos monges franciscanos. Estes aproveitaram uma falha natural no penhasco, muito antes de Afonso V de Aragão atacar Bonifácio.

A fenda no penhasco existe desde tempos imemoriais, sendo constantemente aprimorada desde eras pré-históricas até se tornar a imponente escadaria de quase duzentos degraus. Em Bonifácio, todos os caminhos convergem para esta vertiginosa escada, proporcionando uma descida desafiadora até a fonte. Agarrar-se ao corrimão é imperativo para a descida, e na subida, a língua pode ficar de fora, tal a exaustão do percurso. A escadaria do rei de Aragão revela-se não apenas como uma obra arquitetônica, mas como testemunha da persistência humana ao longo dos séculos.

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Comuna de Bonifácio | Crédito da foto
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Artigo publicado originalmente em fevereiro de 2016

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