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A Pedra dos Doze Ângulos de Hatun Rumiyoc

A maestria arquitetônica da magnífica civilização Inca continua a intrigar arqueólogos de todas as partes do globo. Um exemplo notável dessa engenhosidade é a Pedra dos Doze Ângulos, situada em Hatun Rumiyoc, Cusco. Esta pedra, que possui 12 ângulos meticulosamente trabalhados, encaixa-se perfeitamente na parede que a rodeia, testemunhando a habilidade incomparável dos construtores incas.

Com uma história que remonta a mais de 700 anos, este artefato é agora venerado como um Patrimônio Nacional. Composta por diorito verde, uma rocha ígnea, a pedra tem aproximadamente dois metros de profundidade e uma massa impressionante de seis toneladas.

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Embora o significado intrínseco dos 12 ângulos permaneça envolto em mistério, a teoria predominante sugere que eles possam simbolizar a divisão das famílias de Cusco em duas eras distintas: 12 durante a dinastia Hurin e 12 durante a dinastia Hanan. Originalmente integrante do palácio Inca denominado Palácio Inca Roca, esta pedra testemunhou as eras de esplendor e mudanças. Nos albores do século 20, encontrou uma nova função como a residência do Arcebispo, um papel que contrasta com sua antiga glória no coração do Império Inca.

A genialidade meticulosa dos construtores incas é verdadeiramente admirável. Eles executaram suas construções com uma precisão tão extraordinária que dispensaram completamente o uso de argamassa para a união das pedras. Surpreendentemente, as pedras eram ajustadas com tal perfeição que sequer um fino pedaço de papel poderia ser inserido entre elas.

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Esse nível de maestria resultava em estruturas de uma estabilidade tão excepcional que pareciam quase “dançar” em resposta aos abalos sísmicos, reassentando-se posteriormente em sua posição original. A Pedra dos Doze Ângulos exemplifica de maneira ímpar essa impressionante precisão. Seus intricados encaixes representam a culminação desse artesanato fascinante.

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Na realidade, a pedra encontra-se posicionada dentro de uma antiga muralha conhecida como Hatun Rumiyoc. Essa muralha compõe um dos flancos do palácio do Arcebispo e do Museu de Arte Sacra, na rua Hatun Rumiyoc, a aproximadamente 500 metros da Plaza de Armas.

A designação Hatun Rumiyoc, conforme interpretação de estudiosos, traduz-se como “casa com pedras grandes” no idioma quíchua. Esta muralha representa um dos exemplares mais bem conservados de arquitetura incaica na região, tendo sido enriquecida com construções coloniais adjuntas ao longo do tempo.

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Fontes: 1 2

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