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Aqueduto da Carioca, os Arcos da Lapa

O Aqueduto da Carioca ou Aqueduto Carioca é um aqueduto histórico com arquitetura e engenharia colonial típica que está localizado na região da Lapa, no município do Rio de Janeiro. Como o aqueduto está localizado no centro da cidade, mais precisamente no bairro da Lapa, é mais comumente referido como Arcos da Lapa. Ele vai do morro de Santa Teresa até o Convento das Carmelitas.

Aqueduto da Carioca, os Arcos da Lapa
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Considerada como a obra arquitetônica de maior porte empreendida no Brasil durante o período colonial, é hoje um dos cartões-postais da cidade, símbolo mais representativo do Rio de Janeiro antigo preservado na região boêmia da Lapa.

A estrutura histórica tem uma cor branca distinta muito brilhante e tem 240 metros de comprimento e 64 metros de altura, o que a torna certamente uma das peças de arquitetura colonial mais interessantes que ainda existem na cidade. O Aqueduto da Carioca foi construído em meados do século 18 com o objetivo de levar água doce à cidade que era cercada pelos mangues do Rio Carioca.

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Antes, a água era carregada manualmente de riachos que ficavam longe da cidade e, com os meses escaldantes do verão, isso era na maioria das vezes uma tarefa impossível. Havia alguns planos para o desenvolvimento de um sistema de canais de água potável para ser trazido para a cidade, porém, a maioria deles não foi concluída.

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Aí, durante o governo do governador Aires de Saldanha, decidiu-se que os diversos canais já construídos se conectassem com a então Praça de Santo Antônio, hoje Largo da Carioca, por meio do aqueduto recém-construído que trouxe alívio à população local quanto à questão da água foi resolvido.

Como o aqueduto foi concluído em 1723 e a água limpa desaguou direto para um chafariz barroco decorativo, era certo que o Rio de Janeiro viverá um período de desenvolvimento contínuo e excelente que o tornará com certeza uma das maiores cidades do país, se não na América do Sul.

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Ao longo dos anos, o Aqueduto da Carioca foi bastante utilizado, e em 1744 a estrutura estava em péssimo estado, necessitando de reformas. O engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim foi chamado e encarregado da reabilitação da obra e, inspirado num aqueduto da sua terra natal, Portugal, começou a trabalhar para tornar o Aqueduto da Carioca mais robusto e eficiente.

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As obras de remodelação final foram concluídas em 1750, quando foi oficialmente reaberto. Ainda assim, com o abastecimento contínuo de água em curso, as águas do rio eram insuficientes para abastecer a cidade, portanto, no final do século 19, eram necessárias fontes alternativas de água que mais tarde substituíram o histórico aqueduto. Com a desativação do Aqueduto da Carioca, foi reaproveitado em 1896 para dar suporte ao bonde que ligava o centro da cidade ao bairro construído no alto de um morro, Santa Teresa.

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O passeio pitoresco tornou-se popular entre os turistas por mostrar o lado histórico do Rio de Janeiro, porém, em agosto de 2011, um acidente ocorrido por falha de freio que matou 5 pessoas parou o bonde para operar até julho de 2015.

Hoje em dia, o bonde luminoso e bem colorido é um espetáculo hipnotizante que atrai muita gente a vir e vê-lo pessoalmente, e apesar dos turistas que vêm aqui para ver esta estrutura e aprender um pouco mais sobre o histórico Aqueduto Carioca, é também um ponto de encontro todos os fins de semana para as centenas de habitantes locais que fazem muitas festas de rua sob os arcos, com música e dança até o sol raiar.

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Vista do Aqueduto da Carioca (Leandro Joaquim, c. 1790). A lagoa, em primeiro plano, foi aterrada para a construção do Passeio Público. O edifício no alto do morro é o Convento de Santa Teresa.
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Fontes: 1 2 3

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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