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Castellfollit de la Roca, a cidade suspensa

Na Europa, assim como no restante do mundo, há algumas proezas arquitetônicas que despertam admiração e intriga. Construções localizadas em penhascos e à beira de abismos têm fascinado pesquisadores e visitantes, que se esforçam para desvendar os segredos por trás dessas edificações tão extraordinárias. Entre elas, destaca-se Castellfollit de la Roca, situada na Espanha.

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Castellfollit de la Roca destaca-se como uma das vilas mais pitorescas da Catalunha, situada na província de Girona. Essa encantadora aldeia encontra-se em uma estreita faixa de rocha basáltica, alcançando impressionantes cinquenta metros de altura e estendendo-se por cerca de um quilômetro. Localizada no coração do Parque Natural da Zona Vulcânica da Garrotxa, Castellfollit de la Roca abriga uma população de aproximadamente 993 habitantes, de acordo com o censo de 2004.

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Essa pequena área urbana encontra-se delimitada pela confluência dos rios Fluvia e Toronell, com a espetacular falésia de basalto da cidade erguendo-se entre eles. Com uma área de apenas 670 metros quadrados, o equivalente a aproximadamente setenta campos de futebol, Castellfollit de la Roca é uma das menores vilas da Espanha. A vista da igreja e das casas no topo da beira do precipício basáltico tornou-se uma das imagens mais fotografadas e populares da região.

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O rochedo basáltico onde a cidade está situada foi moldado ao longo de milhares de anos pela ação erosiva dos rios Fluvia e Toronell sobre os fluxos de lava resultantes de erupções vulcânicas ocorridas no passado remoto. Com cerca de cinquenta metros de altura, esse penhasco é composto por basalto, uma rocha de grande resistência que adquire diferentes formas de acordo com os processos de resfriamento, contração e fraturação da lava.

O penhasco em si é o resultado de dois fluxos de lava distintos. O primeiro ocorreu há aproximadamente 217.000 anos, originado na região da aldeia de Batet e já apresenta características de lajes. O segundo fluxo é mais recente, datando de cerca de 192.000 anos, e teve origem nos vulcões de Begudà, adquirindo formas prismáticas.

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Castellfollit de la Roca tem suas raízes na era medieval e é caracterizada por suas praças e ruas estreitas e sombrias. As casas são predominantemente construídas com rocha vulcânica. Os primeiros registros da cidade remontam ao século 11, mais precisamente ao ano de 1096. No extremo da falésia, encontra-se o mirante Josep Pla, de onde se pode desfrutar de uma vista espetacular.

A localização estratégica da cidade e sua posição naturalmente vantajosa para defesa podem ser apreciadas plenamente. Em uma extremidade da falésia, ergue-se a antiga igreja de São Salvador, datada do século 13. Outra atração encantadora da cidade é a Torre do Relógio, construída em 1925, que se assemelha a uma miniatura do famoso Big Ben de Londres.

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Nas proximidades da cidade antiga, onde os rios Fluvia e Toronell se encontram, encontra-se uma área com pequenos terrenos cultivados pelos habitantes locais, separados por muros de pedra. Ao percorrer esses terrenos, é possível fazer uma caminhada até o Parque Natural, que oferece vistas panorâmicas não apenas do precipício, mas também de locais de interesse arqueológico, como canais e barragens utilizados para a produção de energia hidroelétrica.

A parte moderna da cidade, com suas piscinas e atividades de lazer, tornou-se um ponto de encontro para jovens e idosos locais. É um espaço onde os moradores podem desfrutar de momentos de descontração e recreação.

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Uma antiga ponte em ruínas faz parte das lendas da cidade. Construída em 1908, a ponte teve que ser reconstruída logo após sua inauguração devido ao terreno instável em que estava localizada. Durante a Guerra Civil, os republicanos a explodiram para impedir o avanço das forças nacionalistas. Poucos dias após sua reconstrução, uma enchente destruiu dois dos arcos da ponte, resultando no seu abandono definitivo devido à suposta maldição que a assombrava.

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Outras duas curiosidades sobre a cidade são que Castellfollit de la Roca foi uma das primeiras a ter telefone, em 1907. Naquela época, a comunicação por telefone estava disponível apenas com as cidades vizinhas de Olot e Begudà, uma vez que o invento de Graham Bell só chegou ao restante da Espanha em 1913.

Além disso, neste pequeno vilarejo perdido nos Pirineus, existe um museu dedicado à Guerra do Vietnã. Essa peculiaridade surpreendente mostra a diversidade de temas abordados pelos museus e destaca o interesse e a curiosidade dos habitantes de Castellfollit de la Roca por eventos históricos e culturas distantes.

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