Lugares

Clingstone, a casa sobre a rocha

Clingstone é uma casa, localizada no topo de uma pequena ilha rochosa de um grupo de ilhas chamadas “The Dumplings” em Narragansett Bay, próximo de Jamestown, Rhode Island, Estados Unidos, com três andares, feita de pedra e madeira de cedro, com 23 quatros, construída por Joseph Lovering Wharton, e projetada por William Trost Richards, em 1905, custando na época 36.000 dólares.

Wharton construiu a casa sobre a pequena ilha por estar indigando, querendo se isolar da sociedade, depois que o governo desapropriou suas terras e casa de verão que ele tinha no sul de Jamestown, para ampliar o Fort Wetherill no final de 1800. Irritado por ter que sair a força de sua propriedade, Wharton decidiu construir uma casa onde ninguém poderia incomodá-lo. O nome “Clingstone” é um termo botânico para frutas que as polpas se agarram a semente interna, como as mangas e pêssegos, pelo modo de como a casa se agarra as rochas abaixo dela, uma vez que foi projetada para resistir a ventos com força de furações.

Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto

Vista de longo, a casa aparenta fragilidade, em meio ao mar ao redor, mas ela conseguiu sobreviver há mais de 100 anos, resistindo a inúmeras tempestades e furações. Originalmente havia um longo cais de pedra, que acabou sendo destruído num furação. A casa em si, que fica apenas a 7 metros acima do nível do mar, resistiu bravamente com poucos danos ao furação que é lembrado como o Grande Furação de 1938. A população da região estavam céticos de que Wharton iria conseguir morar naquela ilha inóspita e até faziam apostas, de que não duraria uma temporada morando nela, mas ele ficou morando até sua morte em 1930. Após a morte de sua esposa em 1941 a casa ficou abandonada por 20 anos, sendo comprada por 3.500 dólares, pelo atual proprietário, Henry Wood, que era um primo distante de Wharton.

Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto

Henry Wood, atualmente um arquiteto aposentado que tinha escritório em Boston, comprou a casa em 1961, junto com sua primeira esposa (são três as mulheres que têm ocupado a casa desde então) e ela estava em péssimo estado, com todas as suas 65 janelas quebradas, o piso podre, com fezes de pombo em tudo quando é lugar e praticamente sem telhado e muito vandalizada. Por quase uma década, Henry Wood arrependeu-se de ter comprado aquele elefante branco em estado deplorável. Se uma casa requer cuidados, uma casa em cima de uma rocha submetida continuamente às marés e os ventos fortes, com certeza precisa de bem mais. Não obstante, com o passar do tempo começou a desfrutar da tarefa de restauração, com ajuda de seus filhos e amigos e pode dotar a construção de todas as comodidades necessárias. A grande maioria do material usada na reforma é reciclado, vindo de diversos lugares, incluindo a longa mesa de jantar que foi feita com madeira recuperada no fundo de uma cisterna.

Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto

Uma turbina de vento no telhado fornece a eletricidade, enquanto que painéis solares abastecem de energia as baterias no porão para o aquecimento da água. A água da chuva é coletada em uma cisterna de 3.000 litros, em seguida, filtrada, tratada e bombeada através da casa para fins de limpeza. A água potável vem de um sistema de filtragem da água do mar. A casa ainda tem banheiros de última geração de compostagem, e o composto usado para fertilizar o jardim. Visível a partir da costa, a casa é conhecida pelos habitantes locais como “A casa sobre a rocha“.

Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Crédito da foto
Crédito da foto
clingstone-a-casa-sobre-a-rocha_013
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
Clingstone, a casa sobre a rocha
Crédito da foto
clingstone-a-casa-sobre-a-rocha_014
Crédito da foto

Fontes: 1 2 3

“Verba volant, scripta manent” (As palavras voam, os escritos permanecem)

Postagens por esse mundo afora

Avalie este artigo!
[Total: 0 Média: 0]
Atenção! Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do usuário e não expressa a opinião do site.

Magnus Mundi

Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

Adicionar comentário

Clique para deixar um comentário