No centro do Nepal, no distrito de Lalitpur, na zona de Bagmati, encontra-se a antiga aldeia de Khokana, habitada pelo povo indígena Newari. Todo mês de agosto, essa comunidade realiza o controverso festival Deopokhari, , também conhecido como o festival Khokana, uma tradição que remonta a 900 anos e envolve um ato de crueldade extrema contra animais.
Cerimônia de horror: A morte das cabras
Jovens e homens, em meio a um misto de euforia e brutalidade, seguram cabras de aproximadamente seis meses de idade e as arremessam em uma lagoa que eles consideram sagrada chamada De Pukhu, como se descartassem objetos sem valor. O olhar de inocência e pavor nos olhos dos animais prevê o destino cruel que os aguarda. Enquanto são arrastados, mordidos e estrangulados por dezenas de aldeões, os mamíferos são destroçados vivos em um ritual que se estende por pelo menos 40 minutos de extrema dor e tortura, de ter membros sendo arrancados e mordidos.
Origens obscuras: O eegado de 900 Anos
O festival Deopokhari remonta ao século XII, quando os moradores começaram a afogar bodes vivos na lagoa local, em uma tentativa de apaziguar os deuses após a morte de uma criança da aldeia por afogamento. Além disso, a competição entre os aldeões para ver quem consegue matar a cabra primeiro é vista como um presságio de prosperidade para o vencedor. O “herói” é então recompensado e ganha a liderança da dança comemorativa de Shinkali. No entanto, ativistas dos direitos dos animais rotulam essa celebração religiosa como bárbara e desumana.
Condenação global: Protestos e críticas
Mimi Bekhechi, diretora da organização internacional PETA, que defende os direitos dos animais no Reino Unido, expressou forte repúdio à cerimônia. Para ela, a crueldade infligida às cabras bebês é um ato de desrespeito pela vida e uma violação dos direitos dos animais. As críticas ao festival Deopokhari não se limitam ao ativismo dos direitos dos animais; elas ecoam globalmente, alimentando um debate sobre tradições culturais versus ética e moralidade.
Contexto cultural: O festival Gai Jatra
O Deopokhari ocorre um dia após outra festa popular no Nepal, o Gai Jatra, também conhecido como Festival de Vacas. Este evento, celebrado principalmente no Vale de Kathmandu, homenageia aqueles que faleceram no ano anterior. Durante o Gai Jatra, centenas de vacas são levadas às ruas da região, refletindo a rica mistura de hinduísmo e budismo praticada pela população local.
Um conflito entre tradição e ética
O festival Deopokhari e sua prática de crueldade animal lançam luz sobre o conflito entre tradição cultural e ética contemporânea. Enquanto alguns veem esses rituais como parte integrante de sua herança cultural e religiosa, outros condenam veementemente tais práticas como desumanas e contrárias aos direitos dos animais. Esse debate ecoa não apenas no Nepal, mas em todo o mundo, questionando até que ponto a tradição deve ser preservada em detrimento do bem-estar e da moralidade.
Direitos dos animais
A ONG Animal Welfare Network Nepal (AWNN) encabeçou uma campanha contra o festival por anos para conseguir o apoio internacional na luta. A AWNN condena o ato de sacrifício no Deopokhari, “excepcionalmente selvagem e repugnante que afeta a reputação internacional do país”.
Pessoas de toda a Europa e do Nepal lançaram uma série de petições online pedindo ao governo nepalês a proibição da morte de animais em festivais. “Ninguém pode explicar adequadamente porque esta prática é realizada ano após ano – exceto para dizer que é ‘tradicional’”, disse Geoff Knight, que iniciou o pedido original. A nepalesa Bidhata Singh, que também criou uma petição contra o sacrifício, acrescentou: “A experiência do bode é insuportável. Todos os anos no Nepal animais são sacrificados em nome da religião ou tradição, que é totalmente diabólico, imoral e louco”.
O festival hindu Gadhimai Mela, em honra de Gadhimai, a deusa do poder, que decapitava búfalos foi proibido no país. Só em 2009, mais de 500 mil búfalos, cabras, galinhas e outros animais foram mortos na comemoração, que acontecia a cada cinco anos, perto da fronteira com a Índia.
Um abaixo assinado foi criado para tentar pressionar o governo local, na change.org. Ele continua aberto para inscrições na tentativa de acabar com esse festival primitivo.
Crédito de todas as fotos: Dailymail.co.uk
Artigo publicado originalmente em agosto de 2015
Que desperdício. Quantas buchadas não poderiam ter sido feitas.
KKKK…
Um bando de desordeiros e idiotas assassinando pobres animais indefesos…Isso aí está longe de ser boa cultura, é sim, uma estúpida forma de culto apóstata…
Acho interessante… porque eles não fazem isso uns com os outros… deveriam… ai eu diria… é realmente é um ritual. Formariam duas turmas pra ver quem morreria primeiro… pronto. Mas pegar um animal indefeso dócil. Ou então um festival de suicídio pra ver que se enforcava primeiro… “Eita vamo ver quem chega no inferno primeiro” pronto. dava mermo certo.
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