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Anacondas e pítons, as grandes cobras do mundo

Histórias de cobras gigantes sempre instigou o imaginário humano. Há depoimentos de pessoas que já viram anacondas (sucuris) com cerca de vinte metros. Apesar dessas histórias, cientistas afirmam que estes animais só chegam aos dez metros, e a maioria tem entre quatro a seis metros. Há várias versões de histórias sobre anacondas gigantes.

Uma delas conta a história de uma cobra gigante que engoliu um homem. O trágico acidente teria acontecido em Bornéu, na Indonésia ou em Barra do Garças, às margens do Rio Araguaia, estado do Mato Grosso. Esta história inspirou o filme Anaconda (1997), que tem como principais atores Jennifer Lopez, Ice Cube e Jon Voight.

Em 1910, foi oferecido uma recompensa de mil dólares pela Sociedade Mantenedora do Zoológico de Bronx, em Nova Iorque criado pelo presidente Theodore Roosevelt, para quem comprovasse a existência de uma cobra com o comprimento maior que oito metros. Essa recompensa posteriormente aumentou para seis mil dólares e em 2012 estava em 50.000 mil dólares, quando foi cancelada, pois em mais de 100 anos, ninguém conseguiu reivindicar o prêmio.

Por causa desta recompensa, chegou ao Estados unidos em 1993 vindo da ilha de Bornéu, uma píton-real (Python reticulatus) de 6,4 metros pesando oitenta quilos, que viveu em cativeiro até 2002. Samantha, como era chamada tinha mais de 30 anos quando morreu, chegando a 7,50 metros de comprimento e pesando cerca de 125 quilos. A imensa cobra atraia um milhão de pessoas por ano ao zoológico e por anos, foi a maior cobra em cativeiro do mundo.

Depois da morte de Samantha, o título de maior cobra do mundo foi para Fluffy, outra píton-real que era o animal de estimação do herpetologista Bob Clark, um estudioso de répteis que morava no zoológico de Columbia, Ohio, também nos Estados Unidos. Seu comprimento era de 7,30 metros e pesava cerca de 135 quilos. Fluffy viveu por dezoito anos e morreu devido a um tumor interno.

As pítons são consideradas as maiores cobras do mundo, mas as sucuris não ficam muito atrás. O livro de recordes Guiness, considera uma píton-real de 9 metros e 75 centímetros, como a maior cobra já encontrada e documentada do mundo. A cobra foi capturada em 1912, na ilha de Celebes (Sulawesi) na Indonésia.

Atualmente, a maior sucuri verde (Eunectes murinus) conhecida tem o comprimento de cerca de nove metros e pesa em torno de 130 quilos e vive em cativeiro, no zoológico de Nova Iorque. As fêmeas são maiores e mais fortes do que os machos e na natureza vivem cerca de 25 anos, mas em cativeiro somente de cinco a seis anos. Sua alimentação é variada, e vai de mamíferos a répteis, que ela consegue pegar, como antas, cotias, capivaras e muitas vezes, aves aquáticas, pequenos jacarés e outras cobras.

O animal possui hábitos solitários, é agressivo e difícil de ser observado. Uma característica da sucuri é permanecer parcialmente escondida na água, o que dificulta precisar e registrar tamanhos maiores que os já observados. O método é se enrolar nas vítimas e comprimir seu corpo até matar asfixiado.

Apesar de as sucuris ter fama de “comedoras de homens“, só há um caso documentado no mundo. No Brasil existem três espécies de anaconda. A amarela, que tem o nome científico Eunectes notaeus, vive no Pantanal. Chamada cientificamente de Eunectes murinus, a verde é encontrada nas áreas alagadas do Cerrado e da Amazônia. Já a malhada, que se apresenta como Eunectes deschauenseei, existe somente na ilha de Marajó, no Pará.

Franco Banfi

O fotógrafo suíço Franco Banfi de 53 anos, gosta de ter material exclusivo e assim arrisca sua vida em grandes aventuras pelo mundo afora. Veio ao Brasil em novembro de 2012, fotografar as grandes cobras em seu habitat natural: debaixo d’água. Franco passou dez dias viajando pelo estado do Mato Grosso do Sul mergulhando atrás de anacondas e conseguiu imagens de seis exemplares, entre jiboias e sucuris.

O que ele vivenciou, o surpreendeu, pois os enormes predadores continuaram levando suas vidas calmamente, nadando nas águas turvas do rio, ou sob o sol depois de uma refeição, sem prestar atenção ao homem corajoso com uma câmera na mão.

“É claro, tudo é possível, mas eu não acho que a cobra ia me atacar e querer me comer. Felizmente para mim, a anaconda continuou procurando suas vítimas, alheio ao que eu fazia e nem deu bola para mim, foi como se eu não estivesse ali e estava tão perto delas que podia ter às tocado.”- disse o fotógrafo.

“No começo foi muito assustador, porque eu nunca tinha estado antes tão perto de cobras deste tamanho, todo mundo sabe que elas são muito perigosos. Mas eu percebi que nada iria me acontecer. Eles são grandes e você pode pressentir suas reações e comportamentos “, – completou.

Créditos das fotos: Franco Banfi

Site oficial do fotógrafo: www.banfi.ch

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“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.” – William Shakespeare

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