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O curioso desastre do Expresso Granville

No fatídico dia 22 de outubro de 1895, o trem expresso Granville-Paris enfrentou atrasos, instigando o maquinista a acelerar a locomotiva a vapor que transportava 131 passageiros e compunha doze vagões, liderados pela locomotiva de número 721.

Ao se aproximar da estação de Montparnasse em Paris, o trem atingia uma velocidade entre 40 e 60 quilômetros por hora. O freio de ar falhou ou foi acionado tardiamente, impossibilitando o maquinista de deter o trem. A locomotiva atravessou o saguão, derrubou a mureta de proteção, destruiu parte da fachada da estação, ultrapassou a sacada e precipitou-se de uma altura de dez metros.

Fachada do Terminal de Montparnasse, Paris em 1890

Guillaume Marie Pelerin, o condutor do trem com 19 anos de experiência, enfrentou a condenação de dois meses de prisão e uma multa de 50 milhões de francos. Cinco pessoas ficaram feridas, e Marie-Augustine Aguilard, uma senhora responsável pela banca de jornais, tornou-se a única vítima fatal, atingida por destroços do prédio.

Por quatro dias, a locomotiva permaneceu intocada após o acidente, antes de ser removida. Essa tragédia ficou marcada como um dos acidentes ferroviários mais espetaculares da história da França.

Em Canela, no Rio Grande do Sul, o Museu Mundo à Vapor apresenta uma impressionante réplica do acidente de 1895 em sua fachada. Além disso, o filme “A Invenção de Hugo Cabret” (2011), dirigido por Martin Scorsese, recria artisticamente essa impactante cena, adicionando um toque cinematográfico à história do desastre.

Imagem colorizadas por inteligência artificial

Artigo publicado originalmente em novembro de 2015.

Fonte: 1Salvar

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