No topo das encostas do Monte Zao, na fronteira entre as províncias de Yamagata e Miyagi, na região de Tohoku, no centro do Japão, os ventos frios e úmidos vindo da Sibéria ajudam a transformar a natureza do lugar em uma maravilha natural que atrai milhares de turistas a cada inverno vindos de todo o país.
As minúsculas gotículas de nuvem (gotas de água super-resfriadas) dentro das nuvens de neve entram em contato com os galhos e folhas dos abetos Aomori da encosta, elas congelam, formando braços, pernas, antenas, espadas, lanças de gelo. Tais galhos já crescem quase na horizontal pelos fortes ventos que castigam a região, sobre os quais a neve que cai se deposita, criando figuras brancas imponentes e grotescas que os japoneses chamam de “monstros de neve” ou Juhyo.
Uma combinação específica de fortes ventos, temperaturas baixas e queda de neve em árvores coníferas sempre verdes é o que se precisa para a formação de monstros de neve. Enquanto este fenômeno se repete, a criação de uma maravilha mística da natureza toma forma e não se consegue encontrar dois juhyo iguais.
Juhyo se forma em alguns outros lugares no Japão, mas os do Monte Zao, são os mais acessíveis e, portanto, a maneira mais fácil de observar os monstros da neve. O Monte Zao também é o local da cidade termal de Zao Onsen e de uma estação de esqui, que se situa a uma altitude de 880 metros acima do nível do mar nas encostas do vulcão Monte Zao.
Há teleféricos de onde se pode ter as melhores vistas dos juhyo e a temporada começa no final de dezembro e dura até o final de fevereiro. Um fenômeno semelhante ao juhyo é observado na Finlândia, no Parque Nacional de Riisitunturi. Os finlandeses chamam seus monstros da neve de “tykky”. Quando o sol se põe, as cores do pôr-do-sol refletem misteriosamente os monstros da neve, transformando gradualmente sua aparência. A noite também é um momento incrível para a visualização de juhyo.
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