“La Piedra Del Peñol“, conhecida também como Rocha de Guatapé, ou simplesmente La Piedra, é um gigantesco monólito situado no município de Guatapé, em Antioquia, na Colômbia. Esta imponente formação rochosa, com uma massa de dez milhões de toneladas, ergue-se a 200 metros acima da planície circundante, sendo visível a quilômetros de distância.
A majestosa rocha, notavelmente polida, ostenta uma longa rachadura que se estende verticalmente em um de seus flancos. Aproveitando-se dessa fissura, uma magnífica escadaria de alvenaria foi meticulosamente erigida, composta por nada menos que 649 degraus.
No topo deste colossal promontório, ergue-se uma imponente estrutura de três andares, alcançando a imponência de 15 metros de altura. Esta edificação abriga um observatório de tirar o fôlego, proporcionando uma visão panorâmica esplêndida de toda a região circundante.
Além disso, diversas barracas oferecem uma ampla variedade de souvenirs, enquanto pequenas estruturas convidam os visitantes a saborear iguarias locais e bebidas, proporcionando aconchegantes espaços ao ar livre, onde se pode apreciar o ambiente. Sentados à sombra, as pessoas podem desfrutar de uma cerveja gelada enquanto contemplam a espetacular vista panorâmica que se estende até o horizonte em todas as direções.
A majestosa rocha encontra-se estrategicamente posicionada na proximidade das fronteiras de duas cidades: Guatapé e El Penol, situadas a uma distância de 67 quilômetros de Medellin. Ambas as localidades pleiteiam a soberania sobre esse ícone natural. Em um ato de resolução criativa, os habitantes de Guatapé decidiram imprimir sua identidade na rocha, inscrevendo o nome da cidade em letras imponentes e brancas.
Em questão de minutos, os habitantes de El Peñol perceberam a intervenção e uma imensa multidão se reuniu para expressar sua indignação, interrompendo imediatamente a pintura. Apenas a letra “G” e parte do “U” foram concluídas, permanecendo como vestígios marcantes na face norte da pedra.
A escalada oficial da rocha ocorreu em julho de 1954, quando três destemidos alpinistas desbravaram a fissura vertical, registrando assim a primeira ascensão documentada. A construção da escadaria, que veio anos mais tarde, proporcionou um acesso mais acessível a esse magnífico ponto turístico.
Os ancestrais nativos desta área, os índios Tahamies, reverenciavam a imponente rocha, denominando-a de “Mojarra” ou “Mujará”, termos que em sua língua traduzem-se como rocha ou pedra. Na década de 1940, o governo colombiano oficializou a pedra como um monumento nacional, reconhecendo assim sua importância cultural e geológica.
Além desse valioso legado, a descoberta de uma nova espécie vegetal, denominada Pitcairnia heterophulla, foi creditada a um eminente cientista alemão, que a identificou na parte mais elevada da rocha. Este achado enriqueceu ainda mais a diversidade biológica associada a esse notável ponto geográfico.
Artigo publicado originalmente em junho de 2017
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