Lítla Dímun é uma pequena ilha rochosa entre as ilhas de Suðuroy e Stora Dímun, nas Ilhas Faroé, pertencentes a Dinamarca, localizado no Atlântico Norte, entre a Escócia e a Islândia. É a menor das 18 ilhas do arquipélago, com menos de um quilômetro quadrado, sendo a única desabitada, numa área de 1.499 km², onde moram 47.000 pessoas.
O nome significa “Pequena Dímun“, por oposição à ilha de “Stóra Dímun” ou “Grande Dímun“. De acordo com Jakobsen, um perito em toponímia faroesa, “Dímun” pode representar um nome pré-nórdico, de origem celta, onde “di” significa “dois” e “mun” pode significar “altura”.
Uma das características mais marcante desta ilha é que na maioria do tempo, ela fica coberta de nuvens. Esse tipo de nuvem é conhecido como nuvens lenticulares, assim chamadas porque têm a forma de uma lente. Nuvens lenticulares são sempre estacionárias e quando se formam sobre montanhas ou ilhas, como Lítla Dímun, parece um majestoso chapéu.
A parte sul da ilha é uma falésia íngreme, com o resto erguendo-se para o topo da montanha de Slættirnir, que chega a 414 metros de altura. A ilha nunca foi habitada por seres humanos, mas as ovelhas são mantidas lá desde a antiguidade, sendo mencionadas na obra do século 13, Færeyinga Saga (Saga dos Faroeses).
A história escrita no ano 1200, descreve a ilha como local de uma batalha na saga nórdica sobre o povo feroês, que conta a historia de como os habitantes das Ilhas Faroé foram convertidos ao cristianismo, e como tornaram-se parte do Reino da Noruega.
A ilha é habitada apenas por ovelhas e aves marítimas, em especial pelos papagaios-do-mar. Alcançar terra é difícil e só se consegue quando as condições meteorológicas o permitem. As falésias podem ser escaladas com a ajuda de cordas, colocadas pelos donos das ovelhas, que durante o verão sobem à ilha para visitar os seus rebanhos.
Em tempos, a ilha era povoada por uma espécie de ovelha que já não existe, caracterizada por indivíduos pequenos, assemelhando-se, de certa forma, a cabras, com pelo negro e curto. Era uma raça selvagem, muito difícil de capturar. Alguns anos após a ilha ter sido vendida pela coroa dinamarquesa, em 1850, aos habitantes de Hvalba e de Sandvík, as ovelhas foram abatidas. Em Tórshavn, no museu Føroya Fornminnissavn, é possível observar três animais empalhados desta espécie. Elas eram semelhantes em aparência e origem à ovelha Soay da ilha de Soay, no arquipélago de St Kilda, na costa oeste da Escócia.
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