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Ponte Aquífera de Magdeburgo, a maior ponte navegável do planeta

Pontes navegáveis são construções raras de se encontrar no mundo – o que já faz de qualquer uma atração imediata. Se estivermos falando da maior do planeta então, o encanto se multiplica. Localizada a 10 quilômetros do centro da cidade de Magdeburgo, na Alemanha, a Wasserstrassenkreuz ou Ponte Aquífera de Magdeburgo possui a estrutura de um aqueduto – como o da Lapa, no Rio de Janeiro, mas foi projetada para ser cruzada por grandes embarcações.

Inaugurada em 2003, e medindo um total de 918 metros de comprimento, dos quais, 690 metros acima de terra e 228 metros acima da água, a maior ponte navegável já feita pelo homem conecta dois canais – o Elba-Havel e o Mittelland – ao passar por cima do Rio Elba, um dos mais importantes da Europa. O canal tem 34 metros de largura, 4,25 metros de profundidade e vão máximo de 106 metros. A ponte é de grande importância econômica e industrial, pois fornece conexões de transporte para a região industrial, o Ruhr.

Centenários, os canais eram ligados antigamente por uma passagem complicada, que se estendia por 12 quilômetros. Por conta disso, o planejamento para conectá-los começou há quase um século, mais precisamente em 1919. As obras chegaram a ser iniciadas em 1938, mas tiveram de ser interrompidas por conta da Segunda Guerra Mundial.

Somente após a reunificação da Alemanha, a construção pôde ser efetivamente retomada. A um custo de 500 milhões de euros, ela começou em 1997, e consumiu impressionantes 24.000 toneladas de aço e 68.000 m³ de concreto, sendo concluída em 2003.

O investimento valeu a pena: a moderna conexão dos canais representa uma economia anual de bilhões de euros para a Alemanha. Hoje, a ponte de água de Magdeburgo conecta o porto interno de Berlim com os portos do Reno.

Antes de sua construção, os navios foram forçados a fazer um desvio de doze quilômetros pela eclusa Rottensee, ao longo do Elba e pela eclusa Nigripp. No final da ponte, o elevador de navios Rothensee é usado para descer no Canal da Alemanha Central.

Fonte: 1 2

Artigo publicado originalmente em junho de 2015

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