Lugares Coisas & Cultura

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth

Num porto abrigado, protegido por dois precipícios chamados “The Sutors” com 140 e 151 metros de altura, no norte da Escócia, dezenas de plataformas de petróleo ociosas há mais de uma década, esperam silenciosamente que as perfurações petrolíferas em alto mar voltem a ser rentáveis. A Autoridade Portuária de Firth Cromarty (CFPA) foi criada em 1972 como uma doca seca para a reparação e fabricação de plataformas de petróleo que operam no Mar do Norte.

Esta região, que inclui as águas rasas do Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Alemanha e Holanda, é uma das regiões de perfuração offshore (afastado da costa) mais ativas do mundo, com centenas de plataformas de perfuração ativas, mas seus dias de glória já passaram. Com os preços do petróleo em constante declínio nos últimos dois anos, muitas companhias de petróleo decidiram suspender as operações, mas ainda esperam que os preços voltem a subir novamente no futuro.

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto

Em vez de desmontar suas plataformas de petróleo, as empresas preferem tirar as plataformas de operação em mar profundo e estaciona-las no porto seguro de Cromarty Firth, onde podem permanecer temporariamente paradas, mas prontas para entrar em ação assim que a economia se aquecer novamente. Algumas dessas plataformas são “hot-stacked“, o que significa que elas ainda têm uma equipe de manutenção a bordo, cuidando das máquinas caras e deixando todo o equipamento operacional. Outras são desligadas completamente, e muitas outras, foram rebocados para serem desmontadas.

De acordo com a Bloomberg, apenas 63% das plataformas de petróleo e gás no Mar do Norte do Reino Unido estavam sendo utilizadas a partir de janeiro de 2016, com a queda dos preços da energia forçando os perfuradores a abandonar projetos mais caros. Um analista da indústria prevê que cerca de 150 plataformas de petróleo poderiam ser retiradas das águas do Reino Unido nos próximos 10 anos e estimasse que 65.000 empregos foram perdidos no setor desde 2014.

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto

Enquanto milhares de pessoas na indústria do petróleo perderam seus empregos, o desmantelamento de mais plataformas de petróleo poderia eventualmente beneficiar Cromarty Firth, dando oportunidade às empresas especializadas e assim gerando empregos. O porto recentemente gastou 25 milhões de libras esterlinas em um novo cais, onde as plataformas do Mar do Norte, bem como as sondas, poderiam ser desmanteladas, gerando oportunidades de emprego atraentes para os moradores locais.

Isso também é devido ao elevado número de plataformas com mais de vinte anos de funcionamento do Reino Unido, sendo antieconômicas aos preços atuais das matérias primas e devido aos elevados custos de manutenção e às caras técnicas de produção necessárias nos campos petrolíferos.

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth

O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto
O cemitério de plataformas petrolíferas de Cromarty Firth
Crédito da foto

Fontes: 1 2 3

Postagens por esse mundo afora

Leia também:

Money Wish Tree, árvores do dinheiro do Reino Unido

Os Festivais dos espantalhos na Grã Bretanha

Sociedade Apreciadora de Rotatórias

Avalie este artigo!
[Total: 0 Média: 0]
Atenção! Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do usuário e não expressa a opinião do site.

Magnus Mundi

Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

1 comentário

Clique para deixar um comentário