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O bizarro mundo da taxidermia de Walter Potter

Walter Potter ( 1835 – 1918) era um taxidermista autodidata inglês conhecido por seus dioramas antropomórficas onde animais empalhados imitavam a vida humana, em uma variedade de situações humanas, incluindo o casamento de um gatinho e uma sala de aula com 50 filhotes de coelhos numa escola primária. Por quase 150 anos os animais empalhados foram exibidos no seu museu em Bramber, Sussex, Inglaterra.

A família de Potter era proprietária do “The White Lion Pub” em Bramber, e na sua adolescência, Potter teve sua primeira experiência em taxidermia quando preservou um canário, que era seu animal de estimação. Na idade de 19 anos, inspirado por sua irmã, Jane, que lhe mostrou um livro ilustrado de rimas infantis, Potter produziu o que viria a se tornar a peça central de seu museu, um diorama de “A Morte e enterro de Cock Robin“, que incluia 98 espécies de aves britânicas. Este foi tão bem recebido que, em 1861, ele abriu uma vitrine dentro do pub para exibir seus dioramas.

Na época a demanda por animais tradicionais empalhados era grande e isso virou sua profissão, e com o dinheiro entrando, Potter poderia continuar a criar seus dioramas e em 1866, ele mudou-se, expandindo suas instalações e teve que fazer novamente em 1880. Como o sucesso de seu museu, Potter casou com uma garota local, Ann Stringer Muzzell, e tiveram três filhos.

Potter sofreu um acidente vascular cerebral em 1914, e nunca se recuperou totalmente, vindo a morrer com a idade de 82. Seu museu, na época continha cerca de 10.000 espécimes, sendo assumido por sua filha e neto.

O entusiasmo por animais empalhados diminuiu no século 20, o que acabou levando o fechamento do museu na década de 1970 e sua coleção dispersa. A coleção foi transferida para Brighton, depois para Arundel, e finalmente acabou em Cornwall. Potter e seu museu, também estavam sendo acusados de crueldade animal, levando seus herdeiros a colocarem avisos nos dioramas dizendo que todos os animais haviam morrido naturalmente e que todos tinham no mínimo, mais de 100 anos de idade.

A coleção recentemente foi reagrupada e suas obras mais populares viraram um livro de fotografias pelo historiador de taxidermia Dr. Pat Morris e Joanna Ebenstein, com o título “Walter Potter’s Curious World of Taxidermy“.

Fonte: 1 2

“Verba volant, scripta manent” (As palavras voam, os escritos permanecem)

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