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O viaduto ferroviario em espiral Brusio na Suiça

O Viaduto em Espiral de Brusio, na Suíça, destaca-se não apenas por sua engenharia singular, mas também pela impressionante beleza panorâmica que sua estrutura oferece.
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Em 1910, um trem estava prestes a iniciar sua primeira jornada na estação Ospizio Bernina em Saint Moritz, a 1.822 metros de altitude na Engadina (leste da Suíça), cruzando majestosas montanhas congeladas até alcançar a comuna de Tirano, a 429 metros acima do nível do mar, na Itália. Esse percurso, pela estrada de ferro mais elevada do país, atingindo 2.253 metros acima do nível do mar, serpenteia pelos esplêndidos cenários alpinos. A extensão da pista é um pouco superior a 60 quilômetros, mas ostenta números e cenários impressionantes.

Essa rota conseguiu harmonizar habilmente a tecnologia com a natureza, sendo reconhecida como uma das viagens mais impressionantes do mundo. O viaduto Landwasser, integrante dessa ferrovia, é um exemplo notável de engenharia espetacular, composto por cinco arcos divididos em seis pilares. A viagem abrange um total de 55 túneis, dispostos um após o outro, e 102 pontes, totalizando uma jornada de 145 quilômetros que pode ser percorrida em aproximadamente quatro horas.

O viaduto em espiral Brusio na Suiça

Erguida entre 1906 e 1910 por milhares de trabalhadores italianos, a Ferrovia de Bernina, nas montanhas alpinas, enfrentou os desafios invernais. Apesar do custo elevado da passagem para os habitantes locais, a comunidade ansiava pela ferrovia rética, reconhecendo os benefícios de empregos e eletricidade proporcionados por uma central especialmente construída para alimentar as locomotivas. A Bernina Railway sobreviveu a duas guerras mundiais e às recessões pós-guerra.

O destaque da ferrovia é o Viaduto em Espiral de Brusio, que realiza uma curva de 360°. Localizado em Brusio, a 55 quilômetros de St. Moritz, no Cantão dos Grisões, Suíça, foi projetado para permitir que os trens ganhem altitude em uma distância relativamente curta.

O viaduto possui 110 metros de comprimento, um raio de curvatura horizontal de 70 metros e inclinação longitudinal de 7%. Composto por nove vãos em pedra a cada 10 metros, possibilita a elevação dos trens em 20 metros. Este feito arquitetônico é uma testemunha fascinante da engenhosidade humana na superação das complexidades do terreno montanhoso.

O viaduto em espiral Brusio na Suiça

O Viaduto de Brusio integra a seção da Bernina Railway entre Brusio e Campascio. Inaugurado em 1º de julho de 1908, por ocasião da abertura da seção Tirano-Poschiavo da Bernina Railway, esse impressionante viaduto de pedra é uma testemunha histórica. Em 1943, a totalidade da companhia ferroviária foi incorporada pela Rhaetian Railway, que mantém a propriedade e a utilização do viaduto espiral até os dias atuais.

Em reconhecimento à sua importância cultural e histórica, a UNESCO incluiu a Ferrovia Rética, juntamente com as linhas de Albula e Bernina, na lista do Patrimônio da Humanidade em 2008. Além disso, o viaduto é parte integrante do Inventário Suíço de Bens Culturais de Importância Nacional e Regional, destacando sua relevância tanto local quanto global. Este marco arquitetônico continua a ser não apenas uma façanha de engenharia, mas também um símbolo duradouro da conexão entre o homem e as majestosas paisagens alpinas.

O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
O viaduto em espiral Brusio na Suiça
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O viaduto em espiral Brusio na Suiça

Artigo publicado originalmente em maio de 2016

Fontes: 1 2

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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