Histórias

Paphos e seus antigos mosaicos gregos

Os mosaicos da cidade litorânea de Paphos é um dos locais mais históricos da ilha de Chipre, e num passado distante, foi a capital da ilha durante o período greco-romano (do século 3 a.C ao século 3 d.C). Povoada desde o Neolítico, Paphos era um centro de culto a divindades relacionadas com a fertilidade, mesmo antes de ter se iniciado o culto a Afrodite, que nasceu numa praia a poucos quilômetros de Paphos, tendo seu templo erguido no século 7 a.C.

Naquele tempo, a cidade tinha algumas das melhores casas e vilas da costa do Mar Mediterrâneo, pertencentes a governadores romanos e nobres. Os pisos dessas residências eram decoradas com belos mosaicos que descreviam cenas da mitologia grega, com representações de deuses gregos, heróis e as atividades do dia a dia. Os mosaicos eram feitos com pequenos pedaços de mármores e pedras, chamadas tesselas e uma pasta de vidro era usada para dar viva a gama de cores que existiam naquela época. Muitas dessas casas e seus pisos em mosaicos foram descobertas somente nos últimos cinquenta anos, durante escavações arqueológicas. Mais de 40 mosaicos já foram encontrados, mas vários lugares ainda estão sendo explorados. De todas as casas, cinco são expressivas: casa de Dionísio, de Aion, de Teseu, de Orpheus, a casa das 4 estações.

Os antigos mosaicos gregos de Paphos
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A maior casa era de Dionísio e continha os mosaicos mais impressionantes, a maioria representando Dionísio o antigo deus grego do vinho. Ela foi construída no final do século 2 d.C, e presume-se ter sido destruída por terremotos que devastaram a ilha no século 4 d.C. Num dos mosaicos, estava Dionísio numa carruagem regressando da Índia, sendo puxado por duas panteras e a ninfa Akme, bebendo vinho, já outros mosaicos, tinham cenas mitológicas, de caça e do cotidiano da época e os mosaicos cobriam 556 metros quadros de piso, em quatorze ambientes. A de Orpheus, retrata ele cercado por bestas, ouvindo ele tocar lira. Outros mosaicos encontrados, incluem uma representação de Hércules, Amazon e o leão de Neméia.

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A Casa de Teseu é a maior vila romana encontrada em Chipre, construída no final do século 2, e portanto, acredita-se ter sido a casa de um governador. A casa estava em uso, mesmo após o terremoto catastrófico, e o mosaico principal da casa mostra Teseu matando o Minotauro. Estes mosaicos, estão um pouco estragados e menos preservados, expostos ao ar livre.

A Casa de Aion é a menor e descoberta de 1983 e contém um grande mosaico que mostra cinco cenas. No canto superior esquerdo está Leda e Zeus disfarçado de cisne. No canto superior direito, uma imagem de ninfas com o bebê Dionísio. A imagem do meio mostra ninfas do mar em um concurso de beleza, sendo julgadas por Aion. Na linha do fundo, aparece Dionísio novamente em uma procissão triunfal, e uma imagem final mostra Apolo punindo um perdedor em um duelo musical.

Os antigos mosaicos gregos de Paphos
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Os vestígios arqueológicos de moradias, vilas, palácios, teatros, fortes e túmulos, fazem este um local de enorme valor histórico, incluída na lista da UNESCO de tesouros culturais e naturais do patrimônio do mundo. Para proteger os mosaicos das condições climáticas, foram construídas coberturas, que embora essenciais, desfiguram um pouco o local.

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Sítio arqueológico de Paphos | Crédito da foto
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Casa de Teseu | Crédito da foto

Fontes: 1 2 3

“Tudo o que o homem não conhece não existe para ele. Por isso, o mundo tem para cada um o tamanho que abrange o seu conhecimento”. – Carlos Bernardo González Pecotche

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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