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Petaloudes, o Vale das Borboletas na Grécia

Petaloudes é um antigo município da ilha de Rodes, no Dodecaneso, na Grécia. Desde a reforma do governo local de 2011 faz parte do município de Rodes, do qual é uma unidade municipal. Anualmente, milhares de borboletas (Callimorpha quadripunctaria), uma subespécie da mariposa-tigre de Jersey (Euplagia quadripunctaria rhodosensis), escolhem esse vale para seu ciclo reprodutivo.

Essas borboletas habitam áreas onde encontram a árvore estoraque, também conhecida como eucaliptos orientais, estirax ou oriental storax (Liquidibar orientalis), que exala um característico e forte aroma. Este odor é produzido por uma resina denominada benjoim, uma secreção espessa e viscosa obtida dos cortes na casca da árvore. Essa resina é amplamente utilizada pelas igrejas locais para a confecção de incenso, proporcionando um aroma que lembra baunilha quando seca.

Callimorpha quadripunctaria

Durante os meses de verão, de junho a agosto, milhares de borboletas convergem para o vale de Petaloudes, onde passam a estação aproveitando o ambiente fresco e úmido, sustentando-se exclusivamente de suas reservas de gordura corporal. Posteriormente, durante as últimas semanas de agosto, ocorre o acasalamento.

A maioria das fêmeas voa para longe, algumas cobrindo distâncias superiores a 25 quilômetros para depositar seus ovos em locais seguros, preferencialmente entre arbustos e plantas, antes de encerrarem seu ciclo de vida. As lagartas, durante o período chuvoso, permanecem em casulos até a próxima primavera, quando se dispersam pela área circundante, reiniciando o ciclo.

Crédito da foto

Infelizmente, nos últimos anos, a população dessas borboletas tem diminuído. Uma das razões é a falta de tranquilidade. Essas criaturas possuem um sistema digestivo atrofiado, desprovido de boca, estômago ou intestino. Durante sua breve fase como pequenos seres alados, alimentam-se das reservas acumuladas durante sua fase larval.

Apesar dos alertas, visitantes da região de Petaloudes perturbam as borboletas com sons altos, palmas ou assobios, assustando-as e forçando-as a voar desnecessariamente, esgotando sua preciosa energia, resultando em muitas mortes antes mesmo de sua reprodução. Apesar do acesso aberto à visitação, placas informativas instruem os visitantes a respeitarem o ambiente, evitando perturbar as borboletas com ruídos altos.

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Artigo publicado originalmente em setembro de 2015

Fonte: 1

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