O veleiro ROYAL CLIPPER, da empresa de Luxemburgo Star Clippers, começou a ser construído em 1999, no estaleiro polonês Stocznia Gdansk, sendo o casco lançado ao mar com o nome de Gwarek e com apenas três mastros. Foi concebido e realizado pelo sueco Mikael Krafft, que era dono de uma frota de grandes navios de cruzeiros. Devido a problemas financeiros, o barco foi vendido inacabado e comprado pela empresa White Star Clippers. O casco foi rebocado até Roterdã e entregue ao estaleiro holandês Merwede, para que fosse aumentado o casco em mais 23 metros, adicionado dois mastros aos três existentes, velas e a conclusão de seu interior.
Desde então e até o momento, o Royal Clipper é o único veleiro com cinco mastros navegando pelos mares e o maior do mundo em sua categoria, bem como o mais rápido também, atingindo 20 nós, de acordo com o Guiness, Livro de Recordes. Apesar de seu tamanho imenso, o veleiro tem um sofisticado sistema de controle de velas, podendo ser operado por apenas vinte pessoas. O barco só usa seus motores a diesel para facilitar a ancoragem em portos. Seus mastros também são retráteis, podendo assim, passar por baixo de pontes mais baixas.
O veleiro tem 134 metros de comprimento e desloca 5.000 toneladas impulsionados por 42 velas, que perfazem 5.204 metros quadrados de área vélica. O maior de seus mastros tem 60 metros de altura. Este barco foi inspirado no lendário veleiro alemão Preussen (Prússia) de 1902, o maior veleiro que já existiu, e que tinha 18.300 metros quadrados de velas, atingindo uma velocidade de 21 nós, fabricado pelo estaleiro JC Tecklenborg para a Companhia de Navegação Laeisz de Hamburgo. O Preussen numa viagem da Alemanha ao Chile em 1910, foi abalroado pelo vapor Brighton, no Canal da Mancha, e após tentativa de reboque e resgate ao navio, encalhou em bancos de areia perto de Dover, na Inglaterra.
O Royal Clipper possui 114 cabines, com capacidade para 227 passageiros e 106 tripulantes. O barco possui ainda um spa, salão de beleza, banho marroquino, ginásio, três piscinas, biblioteca, restaurantes e lojas. Há também uma plataforma com acesso ao mar, para a prática de esportes náuticos. No convés inferior, há uma sala chamada “Hall of Captain Nemo”, com 24 escotilhas para o fundo do mar, onde os passageiros podem admirar a beleza do mundo subaquático. Este é o tipo de navio para todos aqueles que apreciam a arte de velejar ao sabor do vento, sem ruído ou trepidações de potentes motores. Os passageiros se sentem parte da tripulação, uma vez que podem realizar algumas tarefas inerentes à rotina do veleiro.
“Tudo o que o homem não conhece não existe para ele. Por isso, o mundo tem para cada um o tamanho que abrange o seu conhecimento”. – Carlos Bernardo González Pecotche
Gostaria muito de viajar nesse veleiro