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A Torre de Londres e seus corvos

Por muitos séculos, a histórica Torre de Londres, na margem norte do rio Tâmisa em Londres, foi guardada por corvos. Essas criaturas aladas recebem o tratamento de realeza. Eles são atendidos por servos, alimentados com carne comprada regularmente no Smithfield Market nas proximidades, e sua saúde é cuidadosamente monitorada. Mas eles nunca podem deixar o terreno da Torre, porque a crença é que se os corvos saírem, a Coroa e a Torre cairão.

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Os corvos selvagens vivem dentro da Torre há séculos. Segundo o folclore, os corvos foram atraídos primeiro pelo cheiro dos cadáveres dos muitos inimigos da Coroa executados lá. Quando Lady Jane Gray foi executada em 1554, os corvos da torre teriam arrancado os olhos de sua cabeça decepada.

A prática de manter os pássaros em cativeiro para proteger a coroa remonta, supostamente, ao tempo do rei Carlos II, que reinou de 1660 a 1685. Reza a lenda que o astrônomo real, John Flamsteed, reclamou ao rei que os pássaros estavam interferindo em suas observações do espaço, levando o rei a ordenar que os pássaros fossem mortos. Porém alguém o alertou de uma tradição de que se os corvos deixassem a Torre, a Torre Branca cairia e um grande desastre aconteceria ao Reino. O rei então mudou de ideia e decretou que pelo menos seis corvos deveriam ser mantidos na Torre o tempo todo para evitar desastres.

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No entanto, de acordo com o historiador Geoff Parnell, os corvos cativos na Torre datam de não mais do que 1800, possivelmente introduzidos na Torre como animais de estimação dos funcionários da manutenção. Seja qual for a fonte, na Torre, eles levam a lenda muito a sério. Sete corvos são mantidos na torre o tempo todo – os seis necessários, mais um extra para backup.

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Exceto pelas asas cortadas, o que torna os corvos incapazes de voar, os pássaros têm uma existência abençoada. Eles vivem em um palácio real, são servidos por servos e são procurados e vistos pelo público, assim como os membros da família real. Eles são alimentados com frutas frescas, queijo, ovo cozido e carne fresca, além de vitaminas e outros suplementos.

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Enquanto a maioria das aves mostra bom comportamento, às vezes um corvo pode se comportar de forma inadequada ou mostrar “conduta imprópria aos moradores da Torre“, e ser removido do serviço, como aconteceu com a ave chamada Raven George que atacou e destruiu antenas de TV na Torre, e assim perdeu sua nomeação para a Coroa. Outro corvo chamado Grog, conseguiu escapar da Torre e passou a residir em um pub local após 21 anos de serviço à Coroa.

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O novo recinto de corvos na Torre de Londres. 
Crédito da foto: Llowarch Llowarch Architects
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Fontes: 1

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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