Na Inglaterra, os rios e canais formam uma rede intrincada de vias navegáveis, que são cuidadosamente mantidas e gerenciadas pela The Canal & River Trust. Esta organização é encarregada de preservar e administrar mais de 3200 quilômetros de canais navegáveis que se estendem pelo interior da Inglaterra e do País de Gales. Além dos próprios canais, o Trust também é responsável pela manutenção das áreas adjacentes conhecidas como “towpaths“, que no passado eram usados por cavalos para puxar os barcos.
Esses “towpaths” são as margens dos canais, que desempenham múltiplos papéis na vida cotidiana das comunidades locais. Servindo como pontos de amarração e acesso para barcos, eles também são utilizados como trilhas para caminhadas e ciclismo, proporcionando um ambiente tranquilo e sereno para os moradores e visitantes explorarem as margens dos rios e canais.
A gestão e preservação desses “towpaths” garantem não apenas a segurança e acessibilidade das vias navegáveis, mas também contribuem para a preservação do patrimônio natural e histórico da região.
Mas, além dos humanos, os patos também desfrutam desse espaço, porém nem sempre recebem a devida atenção dos frequentadores. Às vezes, ocorriam acidentes envolvendo essas aves. Diante disso, a empresa The Canal & River Trust lançou uma campanha com o slogan “Share the space, drop your pace“, um jogo de palavras que combina “compartilhar“, “espaço” e “paz“.
Além disso, eles instalaram faixas exclusivas, chamadas “duck lanes“, nas margens dos canais para os patos. Essas faixas consistiam em uma estreita linha de 50 centímetros de largura, com a silhueta de um pato pintada, com o objetivo de conscientizar e incentivar as pessoas e ciclistas a serem mais atenciosos com a vida selvagem.
Um responsável da empresa comentou de que não só as beiradas dos canais deveriam ter esse tipo de cuidado com os animais, mas por todas as estradas, onde os animais precisam interagir com os humanos e lembrou que a cidade chinesa de Chongqing fez algo parecido, reservando uma faixa exclusiva para quem caminhasse usando o celular, para evitar que as pessoas não colidissem com frequência, uns com os outros.
Artigo publicado originalmente em maio de 2015
Crédito das fotos: Getty Images for Canal & River Trust
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