Localizada bem no meio do centro da cidade de Frankfurt na Alemanha, rodeada por modernos arranha-céus, uma torre do século 14, conhecida com Eschenheimer Turm chama a atenção. A torre fazia parte de uma fortificação medieval, composta de muralhas e mais sessenta torres que cercavam e defendiam a cidade. Em 1806 a 1812 as antigas muralhas da cidade foram substituídas por novas fortificações sob o comando do governo da Prússia, e Eschenheimer Turm, juntamente com outros portões históricos e torres, seriam demolidos.
A pedido do embaixador das forças de ocupação francesas, o conde d’Hédouville, Eschenheimer Turm, acabou sendo poupada e servindo como um monumento, e atualmente é um dos marcos mais famosos de Frankfurt. Além da torre Eschenheimer Turm (a mais famosa das sessenta torres que compunham a fortificação da cidade), apenas duas outras torres, também foram poupadas: Rententurm em Römerberg (principal praça da cidade) e Kuhhirtenturm.
A Frankfurter Altstadt (cidade velha) começou gradualmente a se expandir para além de suas fronteiras e assim o imperador romano Louis IV ordenou a construção da muralha a fim de proteger Frankfurter Neustadt (cidade nova) dos diversos perigos que ameaçavam a cidade naquela época. A fortificação da cidade nova começou em meados no século 14 e levou mais de cem anos para ser concluída. A pedra inaugural (angular) no portão da torre original foi colocada em outubro de 1349. Esse portão foi substituído pela torre que é conhecida atualmente entre 1426 e 1428.
A torre tem 47 metros de altura, com oito níveis e dois sótãos. A partir de uma base quadrada, a torre se ergue redonda e culmina em um pináculo íngreme, cercado por mais quatro pequenas torres laterais igualmente proporcionais e um parapeito saliente. No interior da torre, os ambientes eram os dormitórios dos guardas e permaneceu sendo utilizado como moradia até 1956.
A torre ainda tem uma grande parte intacta de sua configuração original, mas atualmente, adaptada para o ambiente urbano. Se localiza no meio de uma praça movimentada, chamada Eschenheimer Tor e entre 1963 a 1968, uma estação de metrô foi construída, com o túnel do metrô passado pelas fundações da torre. Durante décadas a torre era uma ilha de tráfego inacessível, só tendo acesso pela estação do metrô, e em 1992, tornou-se acessível pelos pedestres. O andar térreo foi reaproveitado como um bar e restaurante. Uma enorme sala com lareira, originalmente usada pelos guardas como refeitório e descanso, é usada em reuniões trimestrais da Association Freunde Frankfurts (Associação dos Amigos de Frankfurt).
“Tudo o que o homem não conhece não existe para ele. Por isso, o mundo tem para cada um o tamanho que abrange o seu conhecimento”. – Carlos Bernardo González Pecotche
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