Localizada no distrito de Heping, no coração da vibrante cidade de Tianjin, na China, a Casa de Porcelana é uma verdadeira joia arquitetônica que mergulha os visitantes em um mundo de beleza e história. Conhecido como ‘Yuebao House‘ ou ‘Casa da China’, este local único é muito mais do que apenas um prédio – é uma celebração da rica tradição e artesanato da porcelana chinesa.
A história por trás da casa
A Casa de Porcelana de Tianjin tem uma história fascinante que remonta a mais de um século. Originalmente construída de estilo francês como a residência de um ministro central das finanças no final da Dinastia Qing (1644-1911), o edifício passou por várias transformações ao longo dos anos. Após servir como banco após a fundação da Nova China em 1949, foi eventualmente abandonado, até que um visionário empresário decidiu resgatá-lo do esquecimento.
A visão de Zhang Lianzhi: Transformando sonhos em realidade
Esse empresário visionário é Zhang Lianzhi, presidente do Grupo Yueweixian e um colecionador apaixonado por porcelana antiga. Com um olhar aguçado para o potencial do prédio abandonado, Zhang viu a oportunidade de criar algo verdadeiramente especial. Ele adquiriu o local e dedicou quatro anos de sua vida, entre 2002 a 2007 para transformá-lo em uma obra-prima de porcelana.
Um mar de porcelana e cristais: O interior deslumbrante
Hoje, a Casa de Porcelana de Tianjin é uma visão deslumbrante para os olhos. Cobrindo uma área de 3.000 metros quadrados, o edifício é adornado com mais de 400 milhões de peças de porcelana antiga, incluindo vasos, tigelas, pratos, figuras e até mesmo um dragão de 700 metros de comprimento.
As peças datam de diferentes dinastias chinesas, desde a Tang (618-907) até a Qing (1644-1911). Além de porcelana antiga, a casa também exibe móveis e outros objetos de valor histórico. Também, cerca de 20 toneladas de cristais naturais adicionam um brilho deslumbrante a cada canto.
Uma demonstração de habilidade e paixão
Zhang Lianzhi é muito mais do que apenas um colecionador de porcelana – ele é um verdadeiro artista. Com uma habilidade meticulosa, ele reuniu milhões de fragmentos de porcelana e os organizou de maneira a criar uma obra-prima que encanta os visitantes. O resultado é uma sinfonia visual de cores, formas e padrões que cativam os olhos e estimulam a imaginação.
Lianzhi utilizou uma cola especial que permitia a aplicação de fragmentos de porcelana em diversas superfícies, como paredes, tetos, portas e até mesmo móveis. O processo de decoração foi meticuloso e levou vários anos para ser concluído.
Uma experiência para todos os sentidos
Enquanto explora a Casa de Porcelana, os visitantes são recebidos por uma variedade de detalhes encantadores. Desde os quatro dragões chineses entrelaçados na parede exterior do edifício até os intrincados padrões de porcelana que adornam cada sala, não há escassez de maravilhas para serem descobertas.
O legado duradouro de Zhang Lianzhi
O trabalho de Zhang Lianzhi na Casa de Porcelana é mais do que uma simples expressão artística – é um tributo à rica história e cultura da China. Sua dedicação à preservação e celebração da porcelana antiga é evidente em cada aspecto do edifício, que agora é uma das atrações turísticas mais populares de Tianjin.
A influência cultural da Casa de Porcelana
Além de ser uma maravilha arquitetônica, a Casa de Porcelana desempenha um papel vital na promoção e preservação da cultura chinesa. Com exposições e eventos especiais, o local oferece aos visitantes uma oportunidade única de mergulhar na rica história e tradições do país.
Uma viagem inesquecível ao mundo da porcelana
Em conclusão, a Casa de Porcelana de Tianjin é um testemunho do poder duradouro da arte e da criatividade humana. Graças à visão e ao talento de Zhang Lianzhi, este local extraordinário continua a encantar e inspirar visitantes de todo o mundo, proporcionando uma experiência verdadeiramente inesquecível. Ao explorar suas salas e corredores, os visitantes são transportados para um mundo de beleza e história, onde a tradição se encontra com a inovação em uma celebração única da cultura chinesa.
Artigo publicado originalmente em setembro de 2015