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Vrontados: A cidade da guerra de foguetes

Por toda a Grécia é tradição celebrar a Páscoa com fogos de artifício, mas na cidade costeira de Vrontados, na ilha de Chios no Mar Egeu, os 5.300 habitantes levam essa tradição ao pé da letra. Após a meia noite anterior ao domingo de Páscoa, os membros das duas congregações ortodoxas rivais – Angios Marcos e Panaghia Ereithiani se reúnem perto de suas respectivas igrejas localizadas em duas colinas distantes cerca de 400 metros de distância uma da outra, disparam milhares de foguetes caseiros pelo vale.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes

O objetivo é acertar a torre do sino da igreja do outro lado. Golpes certeiros em cada campanário são contados e a paróquia com o maior número de acertos ganha a competição. A contagem para determinar quem é o vencedor daquele ano é feita no dia seguinte, com marcas deixadas nas paredes pelos explosivos, mas cada paróquia invariavelmente reivindica a vitória para si. O resultado desse aparente desacordo é que ambos os grupos concordam em acertar o placar no próximo ano, e assim, a rivalidade é perpetuada.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes

Este tradicional evento local é conhecido como Rouketopolemos, que significa “guerra de foguetes“, e tal tradição remonta pelo menos à era otomana. De acordo com o folclore local, acreditasse que no passado, tal competição era originalmente travada com canhões reais até que o Império Otomano proibiu essa prática por volta de 1889. Desde então, varetas de madeira carregadas com uma mistura explosiva na extremidade contendo pólvora são usadas no evento.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes

É uma prática perigosa e os prédio da igreja, bem como os edifícios próximos, têm que ser amplamente protegidos com telas de metal para minimizar os danos. Gesso lascado e pequenos danos causados pelos fogos de artifício são comuns, e ocasionalmente, alguns foguetes dispersos causam pequenos incêndios. As cicatrizes da batalha são visíveis na manhã seguinte, com milhares de foguetes queimados jazem em montes nos pátios das igrejas e presos na tela de proteção.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes

Compreensivelmente, nem todos os Vrontaditas estão interessados em participar. Muitos moradores locais expressam seu desânimo com a natureza explosiva do costume, mas Rouketopolemos atrai muitos turistas e é uma fonte de receita significativa para a região. Em 2016 o evento foi temporariamente cancelado, devido as reclamações dos moradores de danos materiais em suas casas, mas a tradição foi restaurada em 2017, com limitações em sua duração e no número de foguetes lançados.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes

Vrontados é a sede do município de Omiroupoli e tem forte tradição na marinha mercante e é atualmente o lar de vários proprietários de navios gregos importantes. Segundo a tradição, Cristovão Colombro visitou Vrontados para estudar cartas náuticas e obter informações de marinheiros experientes que o ajudariam em sua grande viagem pela descoberta da América. No lado norte de Vrontados existem uma rocha chamada “pedra de Homero”, onde se acredita que o lendário poeta Homer cantava e ensinava.

Vrontados, a cidade da guerra de foguetes
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Créditos das fotos: www.theatlantic.com

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Magnus Mundi

Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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