Animais & Natureza

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

A cidade de Tóquio e outras grandes cidades no Japão, estão sofrendo à décadas uma invasão alada, onde dezenas de milhares de corvos, periquitos, corvos-marinhos (também chamado de biguá ou cormorão) e outras aves invadiram as metrópoles comprometendo a rede elétrica e causando apagões e gerando transtornos a população. As aves acabam usando qualquer espaço para fazerem seus ninhos, como marquises, beiral de casas, árvores e até semáforos e suas fezes emporcalham calçadas, pisos e paredes, e dependendo da sorte, são verdadeiras bombas de cocôs que caem sobre os cidadãos.

Ornitólogos culpam a diminuição das florestas e áreas de reprodução em consequência do crescimento desenfreado dos centros urbanos. Além disso, a facilidade de conseguir alimentos no lixo e os muitos lugares abrigados nas cidades para fazerem seus ninhos, os pássaros estão preferindo as cidades em vez de áreas menos densamente povoadas.

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

O problema é tão sério, que mais parece uma reminiscência estranha do filme de 1963 “Os Pássaros” de Alfred Hitchcock, onde uma pequena cidade é invadida por um bando de pássaros que atacam as pessoas e transformam o lugar num inferno. Hitchcock se baseou para fazer o filme, num episódio ocorrido em 1961, na cidade litorânea de Monterey, na Califórnia, onde sem nenhuma explicação, os pássaros começaram a se chocar contra as casas, deixando um rastro de terror na baía de Monterey, e fazendo as pessoas acharem que o fim do mundo havia chegado. Mais tarde, cientistas encontraram no estômago dessas aves mortas, algas tóxicas, que causavam amnésia, desorientação e convulsões. Naquela época, houve um boom imobiliário na região e provavelmente alguma substância tóxica deve ter vazado dos canteiros de obras, contaminando rios e córregos e consequentemente as algas e os pássaros, que se tornaram frenéticos e assustadores.

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

Quando o fotógrafo japonês Yoshinori Mizutani se mudou para Tóquio afim de frequentar uma universidade, ele se surpreendeu com a grande quantidade de aves na cidade e desde então, vem tentando conscientizar sobre a questão das aves invasoras nas grandes cidades através da fotografia, mostrando como a paisagem urbana fica surreal com os milhares de pássaros nos céus das metrópoles.

Em seu último trabalho, Mizutani fotografou bandos de corvos-marinhos sobre os fios da rede elétrica, onde suas silhuetas se assemelham a notas musicais numa partitura. A série de fotografia é chamada HANON, em referência a um livro francês que ensina a tocar piano. Apesar de suas imagens em preto e branco parecerem monótonas, elas foram originalmente feitas em cores e modificadas posteriormente, para demonstrar mais precisamente, como as aves nos fios se parecem realmente com uma partitura.

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

Desde 1980, o aumento do números de corvos-marinhos tem aumentado substancialmente, graças à melhora na qualidade da água, com a diminuição da poluição, e a proteção de suas colônias“, comentou Mizutani. “Mas o aumento desses pássaros resultou em sérios problemas a indústria da pesca, da pesca recreativa e na fauna e flora em geral“, completou.

Num trabalho anterior, Mizutani se dedicou a fotografar a população de periquitos de Tóquio. Esses pássaros coloridos têm uma história diferente, ao contrário dos corvos-marinhos que vieram dos subúrbios e do desaparecimento de suas florestas. O periquito foi trazido ao Japão como animais de estimação de lugares como a Índia e Sri Lanka. Como sendo muito barulhentos, muitos foram soltos pelos seus proprietários. Se procriaram livremente e agora habitam em grande número às árvores, fios e postes das cidades.

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

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A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

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A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

A invasão dos pássaros nas cidades do Japão

Crédito das fotos: Yoshinori Mizutani

Fonte: 1 2

“Tudo o que o homem não conhece não existe para ele. Por isso, o mundo tem para cada um o tamanho que abrange o seu conhecimento”. – Carlos Bernardo González Pecotche

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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