O renomado fotógrafo Ernest Goh, durante uma expedição pela Malásia, deparou-se com uma fascinante e pouco documentada expressão cultural: os concursos de beleza para frangos. Essa peculiar competição destaca a raça local Ayam Serama, criada exclusivamente com propósitos ornamentais.
A partir desse encontro inusitado, Goh mergulhou em uma jornada constante pela região, onde os concursos ocorrem semanalmente em diversas aldeias rurais da Malásia. A raça Ayam Serama também chamada de Malaysian Serama, tem sua origem no cruzamento entre galinhas anãs japonesas e pequenas galinhas da Malásia, recebendo o nome “Serama” do termo “Rama”, que significa rei na Tailândia. Algumas lendas locais sugerem que um rei tailandês presenteou essa raça a um sultão malaio.
Os Ayam Serama destacam-se por sua postura imponente, peito proeminente, penas da cauda erguidas e apertadas contra o corpo, e as asas laterais pressionadas quase até tocar o chão. Na Malásia, são comparados a valentes guerreiros e galinhas arcanjo devido à sua semelhança com seres humanos.
Esta raça é reconhecida como a menor do mundo, normalmente pesando cerca de 500g, embora exemplares ainda menores, com 250g, sejam cultivados na Malásia. Contudo, a dimensão por si só não define um Serama; um pequeno frango que não incorpora o “estilo” descrito não é considerado um Serama, mas sim uma pequena galinha anã.
Vale ressaltar que a raça enfrentou desafios significativos durante a epidemia de gripe aviária na Ásia, em 2004, levando ao sacrifício de muitos desses frangos, conforme recomendado pelas autoridades governamentais. Essa história revela não apenas a excentricidade dos concursos de beleza para frangos, mas também a riqueza cultural e histórica por trás da Ayam Serama na Malásia.
Artigo publicado originalmente em maio de 2015
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