Ellidaey
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A história por trás da casa mais isolada do mundo

Na região sul da Islândia, encontram-se diversas pequenas ilhas, a maioria delas desabitadas. Contudo, uma delas se destaca em particular. A ilhota conhecida como Elliðaey ganhou notoriedade no século 21, devido a uma casa isolada que se encontra no centro da ilha. Se você já é o suficiente experiente, é provável que tenha se deparado com a imagem desta remota habitação em meio ao isolamento insular, havendo ainda quem acredite se tratar de uma manipulação feita no Photoshop.

A história por trás da casa mais isolada do mundo

A história por trás da casa

A casa foi erguida na década de 1930 por cinco famílias que habitavam a ilha de forma permanente, subsistindo da caça de aves e da pesca. Pouco se sabe sobre essas famílias do século 20, mas é evidente que preferiam manter distância de estranhos. Enquanto o arquipélago de Vestmannaeyjar (ou Westman), que abriga 18 dessas ilhas, tornou-se bastante popular, com três delas sendo habitadas, a situação era bem diferente no início do século 20.

Apesar de sempre terem sido consideradas uma das belezas naturais de Islândia, essas ilhas eram, e ainda são, desprovidas de vegetação e outras características arquitetônicas naturais notáveis. Até a década de 1970, apenas os pescadores, que eram os únicos avistá-las, não se dedicavam a explorar essas terras. A imagem predominante na internet, semelhante à primeira apresentada neste artigo, na verdade, dá a impressão de que a ilha é muito menor do que é na realidade. Isso é apenas uma pequena parte da extensão total da ilha.

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A ilha possui uma área total de cerca de 110 acres (0,45 quilômetros quadrados) sendo a terceira maior ilha do arquipélago e sua única vida selvagem consiste em uma espécie de ave nórdica conhecida como papagaio-do-mar, considerado uma iguaria exótica. Por essa razão, na década de 1990, a casa desabitada foi adotada pelos caçadores locais de papagaios-do-mar, que a utilizavam por apenas alguns dias durante as temporadas de caça, transformando-a em uma espécie de pavilhão de caça.

Embora a casa não disponha de eletricidade ou fornecimento de água encanada, possui um elaborado sistema de coleta de água da chuva, que pode ser utilizada para consumo humano e para higiene. Surpreendentemente, apesar da idade avançada e da falta de manutenção, a casa se encontra em excelente estado de conservação.

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Equívocos sobre a casa

Há uma série de equívocos diversos em torno desta casa isolada e a ilha em que está situada. Desde histórias de assombrações até a crença de que pertence a um bilionário preparado para um apocalipse zumbi. Um equívoco bastante difundido, especialmente por estrangeiros, é a ideia de que a casa pertence a Bjork, a renomada cantora islandesa.

Este mal-entendido teve origem em 2000, quando o então primeiro-ministro islandês, David Oddsson, mencionou em um de seus discursos públicos que permitiria que Bjork vivesse na ilha de forma gratuita. No entanto, a cantora nunca adquiriu a ilha ou a casa, portanto, não há nenhuma ligação.

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A ilha e a casa continuam sendo utilizadas por caçadores e pescadores, mas qualquer pessoa pode visitá-las sem custo e até mesmo passar alguns dias lá. Tudo o que é necessário é um barco para chegar até lá e algumas provisões, caso não tenha interesse em caçar papagaios-do-mar.

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Crédito da foto
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Fontes: 1 2

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Movido por uma curiosidade insaciável, ansiava por um espaço onde pudesse preservar as curiosidades singulares que encontrava em livros e na internet. Dessa busca, surgiu o Magnus Mundi em 2015. Julio Cesar, nascido em Blumenau e residindo em Porto Belo, litoral de Santa Catarina, viu seu desejo de compartilhar maravilhas peculiares tomar forma nesse site.

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