Os deslumbrantes grãos de milho multicoloridos, que mais se assemelham a preciosas contas de vidro, fazem parte de uma variedade meticulosamente desenvolvida, conhecida como “Glass Gem Corn” (ou Milho Gema de Vidro). Estes exemplares foram cultivados com esmero a partir de sementes cuidadosamente selecionadas e colhidas.
Essa deslumbrante variedade de milho colorido foi concebida pelo já falecido Carl Barnes, um agricultor e descendente de índios Cherokees, que residiu em Oklahoma, nos Estados Unidos. Foi observando que, de tempos em tempos, um grão de milho em uma espiga exibia uma tonalidade vibrante e translúcida, que Carl decidiu coletar e preservar essas sementes. Com sua excepcional habilidade no processo de aprimoramento do milho e após muitos anos dedicados a um esforço meticuloso, os “Glass Gem Corn” se multiplicaram.
Quando Barnes, já com seus oitenta anos, decidiu se aposentar, ele presenteou seu valioso acervo de sementes ao seu amigo Greg Schoen, além de compartilhar com ele os segredos do cultivo do milho colorido. Em 2010, quando Greg tomou a decisão de se mudar para um novo endereço, surgiu a necessidade de encontrar um local seguro para armazenar e proteger essa preciosa coleção de sementes, garantindo que não se perdesse ou deteriorasse durante o processo de mudança. Foi então que ele optou por depositá-las na Seeds Trust, uma renomada empresa especializada em sementes localizada no Arizona.
Curioso sobre as sementes com o nome peculiar de Gemas de vidro, Bill McDorman, proprietário da Seeds Trust na época, decidiu plantar algumas sementes em seu próprio jardim e mais tarde, ficou surpreso com o que as espigas produzidas. “Eu fiquei encantado. Ninguém antes, nunca tinha visto milho como esses“, disse McDorman, que atualmente é Diretor Executivo da Native Seeds/SEARCH, uma organização sem fins lucrativos que ele fundou para proteger e preservar o patrimônio agrícola dos nativos americanos.
A organização vende as sementes de gema de vidro através do seu site por US$ 7,95 o pacote, sendo vendido para vários países mundo afora. O milho pode ser usado para fazer farinha ou pipoca, embora não seja recomendado comê-lo diretamente da espiga. A maioria das pessoas trituram os grãos e usa-os em tortilhas, porque é muito rico em amido. Também pode ser usado para fazer pipoca (embora não saia colorido).
Em 2005, Schoen começou a cultivar o milho arco-íris próximo a cidade de Santa Fé, no Novo México, misturando-o com variedades tradicionais e assim, criou novas linhagens. A cada ano de plantio sucessivo, o milho exibia cores mais vibrantes e padrões vívidos. De acordo com o relato de Schoen a semente do milho colorido veio originalmente de um cruzamento de milho Pawnee com o milho Osage, e também outra espécie de milho Osagem chamada “Greyhorse”. Schoen começou a nomear as várias cores e padrões que surgiram – “cores de circo”, “arco-íris verdadeiro”, “azul profundo”.
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